domingo, 30 de dezembro de 2007

Último post do ano

Música do dia: Black Sabbath - Sabbath Bloody Sabbath

Aqui vai um post paradoxal ao meu estilo; um post de fechamento de ano, quase uma retrospectiva.

Nasci e morei até os quinze anos em Ourinhos, interior de São Paulo. Até os treze anos, vivi da mesma maneira: escola, livros, games, algumas festas. Aos catorze, assim que fui para o ensino médio (2004, ano em que faria 15), minha rotina foi levemente alterada. Saí do colégio perfeitinho e particular onde estudei desde a primeira série e conheci a escola pública, o ensino público, os amigos de escola pública. Alguns amigos vieram comigo do velho colégio, estes mesmos que se tornaram mais amigos agora que mais pertos e também tiveram uma mudança de costumes. Claro que essa transição dos catorze para os quinze é uma idadeizinha difícil e as coisas mudam de qualquer maneira, mas não foi só comigo, as coisas mudavam à minha volta.
Em 2004, comecei a freqüentar mais festas, aquelas boates que eram monopólio do entretenimento ourinhense; comecei a beber e tomar gosto pela vida mundana. Época onde meu lado "nerd" entrava em constante conflito com meu lado "revoltadinho". Tive um site de fotos, um desses que fotografam em festas e, com ele, amigos que faziam o papel de sócios, ou sócios que faziam papel de amigos. Eu era bobo para perceber o quanto era bobo e inconveniente e a grande maioria das pessoas que pareciam próximas, eram apenas por interesse. Fiquei consideravelmente popular e com isso me apareceram ainda mais pseudo-amigos. Aí então, aconteceram coisas que não preciso citar e após o "boom", vim morar em Londrina.

2005, meu primeiro ano em Londrina. Era tudo novo e a rotina era algo que não me incomodava, a sensação de vida nova é algo inexplicável. Final de 2005, comecei a trabalhar e conheci uma pessoa que mudou bastante coisa, Lika. Costumávamos nos ver nos finais de semana mas aí ela foi passar um tempo no Japão e eu ocupei meus finais de semana com uma mania que me custava caro em dinheiro mas que compensou cada centavo, o Pump. Em 2006, ainda nas férias (de colégio) de janeiro, com a grana do trabalho, ia repetidamente aos sábados e domingos ao Shopping Catuaí jogar Pump. Conheci muita gente que eu gostaria que moresse decaptada, mas conheci muita gente importante, dentre estas, Danniel. Nos conhecemos em uma situação inusitada e por um acaso, descobrimos um gosto em comum que foi responsável por nos aproximar. Em fevereiro, minhas aulas começaram em outro colégio e em outro período; trabalhava das 8h às 18h e estudava das 19h30 às 23h45. Um rotina cansativa mas com o dinheiro, consegui acumular minha humilde coleção de mangás, comprar um computador só pra mim, entre outras coisas. Todos conhecem a fama de colégios noturnos, pois é, não tem nada de mito. Chegava do serviço e não mais jogava Diablo II ouvindo Epica ou ia para à esgrima nos dias de semana, e sim, pegava minha mochila e subia de bicicleta para o colégio. Aguentei essa rotina até agosto. Mas, antes, aconteceram outras coisas.
Em maio, meu namoro com a Lika acabou. Vivi sobre a alienação do trabalho, o cansaço do noturnão e a tristeza do fim de um relacionamento. Em junho, um evento, Casa Japão.
De um jeito constrangedor, pode-se dizer que conheci Camila e Debora (mas já havia as visto antes). Ainda em junho, voltei a namorar com a Lika, após uma série de acontecimentos ruins.
Aconteceram eventos como as festas juninas da Aliança e da Acrol, que, também, me fizeram conhecer pessoas boas e ruins.
Em agosto, saí do trabalho por motivos neurológicos, assim, passando ao período da manhã no colégio. Nessa época, freqüentava muito à K2 e comecei a freqüentar diariamente por não trabalhar mais. Aí, então, comecei a conversar mais com a Camila e conheci um bocado de pessoas como a Mari. Acho que a primeira vez que saí com Camila, Danniel, Lika, Zineu e Mari, foi no aniversário da Mari, na casa dela.
Após tudo isso, aconteceram tantas coisas que é difícil citar tudo. Teve Halloween da K2, VGL, aniversários... No evento Londrina Matsuri, conheci uma garota com cara de emburrada, Raquel, mas foi rápido perder a imagem de garota mal-humorada que tinha dela, assim que adiconei-a no msn e percebi que era uma criança que amava poemas.
Mais para o fim do ano, um certo dia saindo do colégio, fomos para o Subway onde vi pela primeira vez uma garota aparentemente quietinha (hehehe), Tammy.
Ao fim de 2006, percebi como gostava desses meus novos amigos.

2007 chegou e pude conhecer melhor cada uma dessas pessoas. Esse foi a ano que me dei mais conta de como a K2 fedia e como existem pessoas insatisfeitas com a felicidade alheia. Coisas ruins aconteceram mais do que em 2006, quando eu ainda tentava relevar.
Eventos, saídas e, a cada dia mais, esse pessoal fazia parte da minha vida neutra. Páscoa juntos, acampamento juntos, aniversários juntos.. era a primeira vez que eu tinha um grupo de amigos que realmente gostavam de mim pelo que eu era.




Eu sei que as coisas são passageiras e é horrível ter que pensar dessa maneira. Então, o importante é que seja intenso e espero que as coisas continuem acontecendo conosco por muito tempo ainda. Este post é dedicado a todos vocês, amigos.
Pessoal, poderia descrever cada um de vocês, mas aí já seria exibicionismo demais. É só uma homenagenzinha modesta.

Feliz ano novo pra todo mundo!

PS: Hoje passei na casa da Nati e ela tinha ido na igreja...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Correntes estúpidas #1 - A desculpa de uma puta

Música do dia: Warlock - All We Are

Há muito em incomodo com essas correntezinhas de internet. Isso é velho, desde que conheci a internet, há uns belos seis anos atrás, isso já existe. Já com 12 anos, me irritava com emails de spam, correntes no ICQ, flooders de IRC, etc.. Hoje, isso só aumentou e é devido ao crédito que as pessoas idiotas dão para isso. Um boçal que fabrica correntes não as faria mais se outro ainda mais boçal não as propagasse.
Depois da invenção do orkut, muita coisa mudou, e para pior. Mas a culpa não é do site, e sim de quem o freqüenta. Se o orkut tem má fama dentre grande parte das pessoas de bom senso, a culpa não é do funcionário do Google que teve a idéia deste popular site.

Ando me deparando, a cada dia mais, com correntes cada vez mais imbecis e fico espantado com a capacidade das pessoas de darem algum crédito às mesmas.
Hoje, vou exemplificar sobre uma que acabo de encontrar, mas já havia visto muito antes. Trata-se de um texto nomeado como "relato de um homem", mas que eu renomearia para "desculpa de uma puta".

Clique na imagem para ampliar

Obviamente, trata-se de uma imagem feita em Paint (inicialmente com fundo branco, que foi pintado de azul "velho orkut" após isso, pena que ainda ficaram as marcas brancas dentro das letras fechadas porque a pessoa estava com preguiça de usar mais o "balde"), feita por uma garota de, no máximo, 13 anos (idade mental).
Sim, como anda a coisa nos neurônios femininos pré-adolescentes, creio que muita gente acredite que isso foi realmente escrita por um homem.
Não desconsidero o fato de que existam homens que sintam mais prazer com a mulherada vulgar da balada do que com uma garota estável. Mas, se vocês mulheres, querem homens perfeitos, tratem de procurar direito! Existem, sim, homens "cachorros", e muitos. Mas não há nada melhor para mudar um homem que uma mulher, claro que não é uma tarefa fácil mas se a garota realmente se apaixonou por um cara safadão, não tem outro jeito a não ser mudá-lo e se não conseguiu, isso só a faz uma incompetente. O inverso também se aplica, mas não é este o foco da discussão.
E existem homens que se sintam realizados com relacionamentos estáveis e odeaim as biscatinhas de boate. Sou um deles.

"Daí a menina manda tudo a PUTA QUE PARIU" (faltou uma crase no "a").
- Típica frase feminina, clareando ainda mais a obviedade de um texto de garota pré-adolescente.

"Resolve não se envolver mais, pra não sair lesada ou chateada... Muito bem, acabamos de criar uma MONSTRA".
- "
Oh, sim! Fui decepcionada e não sei tentar de novo porque sou uma puta burra (ou uma burra puta). Muito mais fácil sair dando pros playboys da balada, wuhul!"

No final, uma lição de moral culpando os homens safados pela existência de mulheres vulgares. Pensem bem em quem acreditar, meninas. Se sabem que ele não é lá grande coisa e acha que vale a pena, vai ter que trabalhar pra mudá-lo e isso não é só ser "perfeitinha".
Mas há várias hipóteses, como a de que o rapaz só trocou a autora do texto por alguma coisa melhor. Provavelmente ela não era a perfeitinha, caso fosse, não teria a mente tão fraca de cair no "antro da prostituição", as tais "baladas".
Odeio este tipo de homem mais do que essas mulheres os odeiam. Mas não deixo de odiar biscatinha que dá a bunda pra qualquer playboy em boate porque quer esquecer os problemas.


O que me espanta mesmo, é que vejo isso no orkut de garotas de faculdade que, supostamente, deveriam ter uma idade mental avançada. A notícia boa é que minha amiga de 14 anos já percebeu o quão imbecil é este texto e não é mais uma que vai usar essa desculpinha pra qualquer uma de suas atitudes.


Estou indo viajar. Não posto antes do natal, então, feliz natal para todos os meus amigos e que morram as putas!

sábado, 15 de dezembro de 2007

CPMF

"O plenário do Senado rejeitou na madrugada desta quinta-feira (13), por 45 votos contra 34, a proposta de prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011." Finalmente, já estava achando que o "P" da sigla era de "permanente".
A partir do dia 31 de dezembro, acabam as contribuições por completo, subtraindo um total de 40 bilhões de reais aos cofres públicos para 2008. Comemorei, mas não sou idiota, sei dos riscos. Comemorei apenas porque sou odiador dos programas sociais do governo e este imposto que, inicialmente, serviria pros gastos em saúde, estava sendo usado para bancar esses lixos e os buracos em contas públicas. Sei que o mais idiota/conformista que citou o repórter do Jornal da Globo: "agora é cortar gastos ou aumentar impostos", é também o mais provável. O governo cortar gastos? Difícil, já acostumaram com a aceitação do brasileiro em pagar IPTU, IPVA, INSS, PIS, CONFINS, IR, ITR e a cachoeira de outros impostos.
O mais provável mesmo é que o governo apresente uma nova proposta de Emenda Constitucional para o ano que segue. Mas, pera lá, preciso ser esperançoso e quero acreditar que o governo não pode aumentar ainda mais a carga tributária.
“Em período de crise internacional, o Brasil não acabou. Não vai acabar. E acredito que o Brasil tem firmes condições de, sem a CPMF, sofrer um ajuste pelo lado da despesa, cortando supérfluos. O presidente poderia tomar alguma medida para abrir um debate sobre reforma tributária". Não levando em conta que o autor da frase, Arthur Virgílio (PSDB), é de oposição, analisemos sua frase. Obviamente, o Brasil tem muitas firmes condições de continuar sem a CPMF, o escândalo do governo é porque eles seriam forçados a cortar gastos. E, sim, o presidente deve urgentemente tomar medidas para um debate sobre a reforma tributária. Finalmente.
Eu, como odiador da pirataria e incrível aprendiz em tentar enxergar os dois lados da moeda, não exito em optar pela opção da redução da alíquota de impostos. Sim, redução. Eu já trabalhei em empresas e todas elas sonegavam impostos, não porque queriam mas porque os lucros saíriam muito baixos e, vez ou outra, a empresa fica mesmo no vermelho e ninguém quer ficar com pouco dinheiro. A redução significativa na alíquota faria com que um número maior de pessoas contribuísse por não ser tão abusivo; com a baixa no preço dos produtos, reduziria a informalidade e a pirataria, acabaria com o argumento-pra-burro de que só compram no camelô porque o original é muito caro.

Finalizando, outro ponto interessante é que já passou da hora de acabar com essas guerras fiscais. Enquanto os estados dão benefícios à algumas empresas e alimentam esta guerra entre estados, os que saem perdendo, perdem muito, cerca de 25 bilhões de reais ao todo no país. É mais da metade da prevista arrecadação da CPMF.
Esse país só quer moleza mesmo. Espero um dia poder fazer alguma coisa, não espero do povo. Mas é assim, enquanto o pessoalzinho se preocupa mais com a viagem do carnaval e a queda do "Curíntia" à segunda divisão do que com a política no país, vai ficar na mesma; enquanto o pessoalzinho decora o nome de todos os jogadores da seleção brasileira de futebol e não sabe o nome nem do ministro da educação, vai ficar na mesma; enquanto o pessoalzinho arranca os cabelos e arruma briga pela colocação de um time ao invés de brigarem pela reforma tributária, vai ficar na mesma. Querem continuar pobres e ignorantes? Se ficam felizes assim, o poder está sendo bonzinho por alimentá-los de futebol e outros lixos enquanto roubam seu dinheiro.
Eu reclamo demais, tá na hora de fazer alguma coisa já, sei disso. Ao menos sou ciente da situação e não compro meu filminho pirata enquanto me acho o espertão falando mal do Lula porque sou pseudo-entendedor político... Morram, desgraçados!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Heroes S02E11 - Powerless

Música do dia: Blind Guardian - Mirror Mirror

A segunda temporada da minha série de TV preferida, acabou nesta semana. Acabou no décimo primeiro episódio devido à greve de roteiristas americanos. Dá pra relevar alguns errinhos e a pressa por causa disso mesmo.

[SPOILER]
Bom, Heroes me faz sentir lendo um HQ a cada episódio da série, é uma coisa inovadora. Na internet, o pessoal odeia a Maya e odiaram sua ressureição. De fato ela é sem-sal, mas, pobrezinha, não precisa morrer por isso.
Gostei muito da evolução do Hiro, é notável se comparar com o começo da série. Não foi evoluído ao extremo, o que deu um toque de realidade ao negócio, afinal, ele ainda é novinho para matar pessoas.
A morte da Niki foi mal elaborada e como diabos ela não conseguiu sair da casa por uma maldita tora?! Morte com explosão é coisa clichê, ficou feio.
Meu preferido agora é o Noah, cada vez mais incrível. Adorei a persuasão dele e a capacidade de não se intimidar com a sádica Elle.
Ainda sem palpites quanto a quem matou Nathan em seu discurso. As coisas que rolam na comunidade de Heroes no orkut são absurdas, tem cada coisa idiota vinda de gente que se vê como absoluto... nem discuto. A falha dessa cena está até meio boba - a pessoa super suspeita, vestida de sobre-tudo, atira no político e sai caminahndo normalmente... acho difícil explicarem essa na terceira temporada.
Depois de ter feito de tudo, Sylar conseguiu seus poderes de volta nas falhas do estúpido Mohinder e da bela Elle. Ao contrário dos extremistas de comunidade, adorei a cena da latinha de espinafre. Esse pessoal pelo jeito não lê HQ! A latinha unida à frase "estou de volta" ficou épico, impecável. Viva o humor clássico dos quadrinhos!



Hoje, recebemos nossos "salários" da mini-empresa. Enquanto eu ganhei quatro reais, pessoas que fizeram menos que eu e faltaram mais que eu, ganharam sete ou dez. Não sei quem dividiu esses salários, mas aposto minhas tripas que não fizeram nenhum cálculo básico para essa distribuição. O cálculo foi: "Oh! Esse aqui é mais meu amigo, vou dar dez pra ele e uns sete pra este aqui que também é gente boa.".
Obviamente, a quantia miserável não me faz falta alguma. Só estou "chiando" aqui para lembrar mais uma vez da desonestidade das pessoas. No final, a lição que a Junior deveria ensinar não foi aprendida e continua todo mundo igual, com as características do meu antigo post sobre isso.

Sem mais.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Pirataria

Música do dia: Suzi Kim - Edge of Soul (Soul Edge Opening)

A semana começou com protesto contra a pirataria em todo o país. Cidades como Vitória, capital do Espírito Santo, tiveram hoje nas ruas, donos de locadoras alertando a população contra a comercialização de produtos ilegais. São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Recife também entraram na onda.
Alguns estados foram auxiliados pela UBV (União Brasileira de Vídeo) na compra de materias para divulgação.
(fonte: Gazeta Online)

Não confio muito nos resultados de protestos mas estaria presente em algum desses, caso viesse a acontecer em Londrina. Mas não em simples "conscientizações" pelo calçadão, mas em algo que exigisse das autoridades responsáveis, alguma ação.
Se nem o filme "Tropa de Elite" foi suficiente para fazer com que a população entendesse, o que seria capaz? Brasileiro vê filme e acredita em tudo. Viu Carandirú (aquele filme boçal) e teve dó dos bandidos. Viu Tropa de Elite e admira o BOPE. De que adianta assistir um filme e só captar a parte insignificante do mesmo? O pessoal não cansa de ficar repetindo as mesmas piadas com falas do filme (e o fazem como se fosse a primeira vez, como se sempre tivesse graça), e esse pessoal é o mesmo que vai à tarde comprar filme pirata no camelô. Bando de idiotas! Se tivessem o mínimo de capacidade de raciocínio, perceberiam o quanto o filme aborda os prejuízos da pirataria para a economia do país; ou então, se são a favor dessa criminalidade, deveriam ter odiado o filme... mas o pessoal adorou porque falam palavrões e tem cenas engraçadas.. tapados.
Será que o cinema terá de fazer algo mais explicíto para colocar na cabeça dessa cambada de jumentos que pirataria é crime? Ah! O DVD original é caro? E não é por esta razão que as locadoras existem?! É mais fácil comprar "treis por déis" no camelô a locar um filme dentro das leis?! Os poucos reais que irá lucrar e o fato de ter para você aquele dvd branco escrito à caneta compensam todo o desemprego conseqüente no país?! O seu egoísmo é tanto que você prefere economizar umas míseras notas a se preocupar com pessoas que precisam de seus empregos para viver?! Com a quantidade de empregos que irão morrer para dar lugar aos empregos informais dessa malta de vagabundos que sustentam seu egoísmo?!
Já disse e irei repetir: Não há diferença alguma entre comprar produto pirata e comprar drogas. NENHUMA!

Isso me revolta um bocado. E já que citei novamente "Tropa de Elite", fica aí embaixo um vídeo que parece combinado, mas não deixa de ser engraçado. É sobre um esporro num camelô ao tentar vender filme ilegal para Caio Junqueira.


quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O enigma do ensino

Música do dia: Therion - O Fortuna

Há tempos fujo de questões políticas, sociais, econômicas, enfim, dessas problemáticas complicadíssimas que têm nível de complexidade veemente.
Acontece que quanto mais tento me esconder, mais elas me perseguem. Eu havia decidido parar de criar rugas por problemas deste tipo; me contentar em ser mais um que dá de ombros para essa "dor-de-cabeça" toda. Infelizmente, as coisas nem sempre são como queremos.
Tenho interesse nos assuntos mas encontrar métodos que solucionem esses problemas, é um desafio imenso que causa um desespero que é, muitas vezes, em vão.
Bom, irei assumir novamente a alcunha de "meio-termista" e tentarei dar pouca atenção a isso (meu envelhecimento precoce agradece) ao mesmo tempo que leio e me informo sobre.

Dias atrás, estava lendo a revista Veja da semana passada e me interessei por uma reportagem com um professor, CEO da Secretaria de Educação de Nova York, que falava sobre a reforma no ensino. Aliado a alguns poucos conhecimentos que possuía sobre o assunto dentro do Brasil, quis saber mais e andei lendo algumas coisas a respeito, com destaque à Lei 9493-96 decretada no governo FHC das diretrizes e bases da educação nacional e 40 páginas interessantíssimas sobre uma pesquisa feita pela professora e pedagoga Adelacyr Galassi, sobre a metodologia no magistério do ensino médio.
A educação sempre foi a base de grande parte dos problemas no mundo, a peça-chave para o desenvolvimento e evolução humana. Um tema que não preocupa a todos da maneira que merece, exatamente pela precariedade da mesma, isto é, a falta de preocupação de alguém com a educação deve-se pela falta da educação na pessoa.

Por que depois de quase 11 anos de lei vigente, não são cumpridos todos os parágrafos dos artigos com excelência? Bem, é sabido que isso acontece com muitas leis nacionais, de fato. Mas a educação deveria ser uma prioridade, responsável por grandes investimentos. Mas falarei do investimento mais tarde, agora falarei da nova educação.

Já citou Nadelstern, "temos uma escola de século XXI com cara do século XIX". Ele se direciona ao estudo público dos Estados Unidos mas a situação daqui está nos mesmos parâmetros, mas ainda pior por falta de incentivo do governo. A melhoria, segundo Nadelstern, tem base em vários aspectos, como por exemplo, a meritocracia - "Para fazer de uma escola um exemplo de excelência, é preciso dar incentivos concretos a quem trabalha nela, tal qual em qualquer empresa". Concordo. Prêmios aos melhores diretores, professores e alunos incentivariam o desempenho de todos. Prêmios em dinheiro mesmo.. competição! Isso é conceito fundamental da sociedade e ainda é visto como irregularidade dentro das áreas de ensino. Por que não preparar o aluno dentro da escola para uma realidade tão verdadeira?!
Substituição do ensino massivo e "decoreba", a qual denomino ensino quadrado, por aulas dinâmicas dadas por professores atualizados e firmes no que fazem.
Outro ideal é fragmentar os grandes colégios em mais colégios de terreno menor. Salas com menos alunos, escolas com menos alunos. O princípio de toda essa mudança é que, atualmente, os pais andam alheios ao que acontece dentro da escola, sua participação é cada vez menor. Há também o mal de ensinar para uma sala lotada que impossibilita uma atenção mais cautelosa a problemas particulares de cada aluno.
Em NY, o ensino antiqüado está sendo finalmente repensado para o aluno do futuro; não aquele que decore, mas aquele que entenda e interprete, aquele que seja capacitado para enfrentar desafios, que tenha sua própria opinião.

Agora vamos tratar do Brasil.
Preocupada com problemas como a evasão escolar, baixas notas, professores debilitados, além de todo o sistema educacional ultrapassado, Galassi realizou uma pesquisa entre alunos e professores do magistério do ensino médio, com objetivo de encontrar os problemas certos e estudar uma solução para os mesmos. Os alunos (que lecionarão futuramente) e os professores foram questionados com vários tipos de pergunta, e é coisa demais para eu escrever aqui.
O básico foram perguntas sobre o que está ruim e o que deveria melhorar. Para este tipo de pergunta, as respostas foram previsíveis e esclarecedoras.
No país, a quantidade de problemas em relação a isso é enorme. Vejamos o caso de um professor qualquer que leciona em várias escolas públicas. Devido ao baixo salário, ele é forçado a dar aulas em três ou quatro colégios, gasta quase todo seu tempo dando aulas e o que sobra, provavelmente gaste planejando as aulas do próximo dia. Para um profissional desses, fica difícil freqüentar cursos de reciclagem e aperfeiçoamento tanto pela falta de tempo quanto pela falta de dinheiro. Hoje em dia, ainda temos muitos professores com a cabeça fechada, que não ouvem o aluno, que não controlam a sala, que se limitam ao giz e ao quadro. E se alguma coisa precisa ser feita, tem de ser feita imediatamente.
Os alunos precisam de um professor amigo que ao mesmo tempo imponha respeito; alguém dinâmico e de mente aberta; que não desconte sua raiva nos alunos; que goste do que faz; que esteja sempre se reciclando, lendo sobre diversos assuntos e freqüentando cursos de capacitação profissional. E os professores precisam de incentivo, de opções; precisam de maior reconhecimento, maior salário. Mas não adianta chorar salário, fazer greve e se sentir injustiçado.
Implementar as idéias de um novo sistema educacional (que serão aplicadas em NY) no Brasil, é o prólogo do desenvolvimento. Não só por parte pública, mas também da privada. Os colégios particulares não fogem desses conceitos antigos de educação, talvez sejam ainda mais perigosos por terem mais conteúdo, por usarem de sistemas de ensino massificados, decorebas, que deixam o aluno alienado. É um verdadeiro fordismo em sala de aula.
Acredito que essa mudança possa começar em breve, pelo ensino privado. Basta a força de vontade dos grandes nomes, que tenham disposição em investir na educação, preocupação com o futuro do ensino mais do que com os lucros atuais. É uma mudança que demorará anos para se concretizar, o que é mais um motivo para se começar a agir imediatamente.
Quanto à rede pública, não tenho fé alguma. Governo investir em educação o tanto que deveria? Caindo de novo no ponto onde o poder precisa de um povo burro para continuar roubando. Uma massa burra é uma massa de fácil manobra.


Resumindo, o estereótipo de inteligente atual, não pode mais ser daquela pessoa que saiba fazer qualquer cálculo vetorial em trinta segundos, mas daquela pessoa que tenha conhecimento e habilidades para enfrentar qualquer tipo de situação, que saiba lidar com o novo. A escola nada mais é que um preparo para o mercado de trabalho, e é isso que o mercado de trabalho precisa. Não faz sentido que o mercado de trabalho evolua e a escola continue formando alienados.






Já na Inglaterra, o jornal The Sun culpa os videogames pelo baixo rendimento escolar. As atrações digitais serão sempre mais interessantes que os estudos aos adolescentes. Cabe aos responsáveis pela educação, criarem um jeito de diminuir essa discrepância. Não que façam os estudos ficarem mais interessantes que os videogames e celulares, mas que façam que, ao menos, fiquem interessantes, menos massivos.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

AnimeZone 2007

Música do dia: Avantasia - In Quest For

Vestibular da Unifil: Fácil e estúpido. Acertei 36 questões de 50. Isso sem estudar e com desânimo para fazer a prova. Era 'gabaritável' caso eu tivesse estudado. Caso fosse uma faculdade séria, eu 'bateria boca' para anular a primeira questão que estava completamente mal formulada e a opção "certa" tinha erro de acentuação. Mas, enfim, fiz por passatempo (que poderia ter sido melhor aproveitado jogando Worms).

O AnimeZone estava exatamente como eu esperava. É realmente uma sacanagem comparar este evento com o falecido Intermangá, mas é inevitável que role uma comparação. Há dois anos, ainda no Intermangá do Colégio Nobel, tive dois ótimos dias de evento onde fiquei triste pelo fim. Evento onde presenciei Terra Celta, trilha sonora por Blind Guardian, cosplays que superaram a expectativa de eventos pequenos e também onde conheci (ou quase) pessoas fantásticas que me dou bem até hoje. Já neste ano, trilha sonora inteira por uma banda terrivelmente ruim e desregulada. Além da altura exorbitante que fazia com que tivéssemos que gritar para comunicarmo-nos (mesmo estando distantes da banda), o volume estava regulado maior para a bateria do que para o resto dos intrumentos; ouvia-se mais o prato do que a própria voz de quem cantava. Música japonesa não é pra qualquer cantorzinho ou cantorazinha, principalmente tratando-se de L'Arc~en~ciel e, ainda mais, gutural nipônico (MAXIMUM THE HORMONE) - por mais berrante que fosse o "What's up fuanzai ippai", ainda ouvia-se melhor (e mais chiado) o barulho dos pratos, chimbais e bumbos completamente fora do ritmo. Definitivamente, o baterista não sabia a partitura de "What's Up People?". Quanto aos cosplays... fracos. Alguns estavam bons, mas além de terem poucos cosplays no evento, a grande maioria eram cosplays feios, ridículos ou toscos.
Não conheci ninguém interessante.
No Animekê, teve uma deusa da voz que cantou "Rolling Star", da Yui, extremamente bem. Digo que se a garota fizesse cover de Yui, eu iria pagar para ver. Mas, em seguida, a graça de meus ouvidos foi quebrada por uma qualquer que cantou "Let Me Be With You" a um timbre agonizante.
Quanta à pirataria de animes, a mesma putaria de sempre. Pirataria é incontrolável e não creio que isso um dia mudará. Para os leigos, dvd de evento é pirata. Funciona dessa maneira: o fansuber ("legendador") pega a Raw (arquivo de vídeo do anime original japonês), traduz os diálogos, monta legendas, sincroniza as falas (claro que geralmente isso tudo é feito por mais de uma pessoa) e distribui gratuitamente na internet. Aí você se questiona se este ato também não é ilegal, pois não é. Fui fansuber um dia (época altruísta quando achava que as pessoas deveriam coolaborar umas com as outras), e a grande maioria dos autores dos animes, permitem a distribuição de seus produtos na internet desde que o mesmo não tenha sido licenciado ainda (ou seja, comprado por algum canal de televisão ou algum estúdio para lançar em dvd oficial). A condição é: sem fins lucrativos. Os fansubers têm um trabalhão para agradar aos fãs, não recebem um centavo por isso, e aí chega um vagabundo e baixa o anime, grava em dvd-video, imprime uma capa qualquer em papel sulfite, coloca tudo numa capinha de plástico e vende por cinco reais. Não tem diferença daqueles que imprimem no dvd com alta qualidade, usam capa de papel couché e cobram vinte reais por algo bonito até demais para um criminoso. A cara-de-pau é tamanha que cheguei a ver daquelas "plaquinhas-otaku" escrito "DVD de anime R$ 5,00"... bandidos!
Não participei de nenhuma gincana, muito menos comprei figures. Os figures eram os mesmos do www.gashapon.com.br, mas mais caros. Sem promoção de mangás novos e bons como ano retrasado também. Os preços estavam bons por mangás usados e conservados na Akatsuki Daioh, mas eu não tinha dinheiro.

A melhor parte do evento foi ter jogado DS com minha amiga e ter falado mal de otakus retardados (o que não faltou no evento) com meus amigos. Ah! Também teve o matsuri que, particularmente, gosto.
Espero algo melhor para o ano que vem, mesmo sabendo que não é fácil organizar um evento.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Falta organização, faltam argumentos, falta inteligência...

Música do dia: Manowar - Call to Arms

Há tempos não posto nada por aqui. É por que há tempos não me informo sobre política, sociedade e notícias em geral também. Fim de ano e minhas notas não são as melhores, pouco tempo para lembrar que tenho um blog.
Vamos lembrar o que se passou em minha vida nos últimos dias, com o máximo de cuidado para não transformar isto aqui em um diário emo.

Andei estudando e desde terça-feira da semana passada que venho me esforçando para a apresentação do trabalho de conclusão de oficina, do colégio. Supostamente, minha equipe deveria ter me ajudado; a idéia era que trabalhássemos em equipe e cada um fizesse uma boa parte. Ciente da equipe que tenho, dividi o trabalho de dois temas da seguinte maneira: um tema para mim e outro tema para ser dividido para os outros quatro integrantes. No sábado, terminei minha parte de pesquisa, elaboração e montagem de slide no Flash e aguardava o material do restante da equipe. Passou um tempo e fui atrás de fazer a parte restante pois a apresentação seria logo na quarta-feira, ou seja, ontem. Na segunda, faltando uma boa parte ainda, mas já adiantado quanto à parte que não assumi como minha, recebi um documento .ppt da equipe com informações que consigo em 5 minutos no Google. Ignorei e continuei fazendo do meu jeito. Resultado: fiz tudo sozinho, realmente tudo. Mas acabei fazendo tudo à toa, me estressei e fui atrás de tudo por nada - não apresentei. A culpa foi por parte do mal planeamento da data de apresentação, pois planejaram para um único dia a apresentação dos trabalhos do 1° e do 2° ano juntos, e no bimestre onde o trabalho do 2° ano tendia a ser dos grandes, com vastas informações. A segunda parte da culpa, foi das equipes que fizeram um grande enche-lingüiça com entrevistas, vídeos com músicas e enrolações em geral, cientes de que o tempo era escasso. Eu ponderei o fato do tempo e "enxuguei" boa parte das informações, fazendo um trabalho curto e grosso de dois temas imensos que poderiam render boas horas de apresentação. Fiz tudo isso, pensei em tudo e tudo sozinho... por nada. E as apresentações ficaram pra semana que vem. Que maravilha..
Ainda falando de minha vida pessoal (...), tivemos simulado de todas as matérias na segunda e terça e estava extremamente fácil, principalmente as questões de português - pura interpretação de texto. Ufa! Nada de escola literária, contexto histórico de livros e essa chatice toda.. apenas interpretação de texto. Coisa que qualquer aluno de 5ª série faria sem dificuldade, mas terrível foi ter que ouvir reclamações sobre o tema escolhido pela professora, como se tivéssemos que ter estudado o texto em questão para podermos responder. Oh, mãe! Poderia ser até física quântica! Era ler e responder, as informações necessárias estavam todas alí. Devo concordar com o colégio quando o mesmo diz que está preocupado com o potencial interpretativo dos alunos.

Ando curioso sobre a quantidade de coincidências que andam acontecendo. Mas não sou supersticioso.

Ontem andei na chuva e comi pizza com os amigos. Um bom dia.


Agora preciso de um tema, certo? Acho que não tenho nada demais.
O que observei recentemente foi que o seriado Heroes deu uma modificada grande. Fui atrás e descobri que o seriado estava perdendo audiência pela enrolação e agora estava partindo mais pra história e ação. Ótimo, o episódio oito da segunda temporada está excitante.

Navegando por aí, parei novamente no site: http://www.melhoresdomundo.net/. Trata-se de um site de conteúdo nerd que eu detesto. Os colunistas têm linguagens cansativas para o tipo de assunto e a grande maioria do site, não passa de cópia dos sites grandes de humor e notícia (ex: Kibeloco, Angry VideoGame Nerd..). As matérias que são, aparentemente, deles, são ruins e pouco argumentativas.
Olhe este exemplo de matéria:


Bátima Gay é ameaçado!
Por: Change - quinta-feira, 08 de novembro de 2007 - 12h20


Ai, ai... esses fãs do Bátima. Só envergonham a comunidade nerd...

Hoje dei uma passeada pelo G1 e vi a seguinte notícia: Ator que vive Batman gay no teatro foi ameaçado por fã do homem-morcego. Putz!



O lance é o seguinte: tem uma peça de teatro que tá rolando lá em SP chamada "A vida secreta de Batman e Robin", que discute a relação homossexual entre a boa e velha dupla dinâmica! Com isso, o Bátima é fã da fase "índia" de Gal Costa e a boate preferida da dupla é a "Morcegay". AUI HAUIH AUIH UIAHUIAH!

Renato Papa, o ator que vive o Bátima que sonha em ganhar um novo uniforme desenhado pelo Ronaldo Ésper, recebeu um e-mail de uma das putinhas do Bátima, ameaçando o cara de morte.

— Recebi um e-mail dizendo que eu deveria morrer por desmoralizar o homem-morcego. Santa falta de humor, Batman!



Cara, esses nerds bitolados do Bátima são um porre! O ator Renato Papa mandou bem. "Santa falta de humor, Bátima!"

Pela zilhonésima vez:

O BÁTIMA NÃO É UM PERSONAGEM DE VERDADE! ELE NÃO EXISTE! É UM PERSONAGEM DE PAPEL! ELE NÃO VAI TE AGRADECER SE VOCÊ DEFENDER SUA MASCULINIDADE!




Os caras repetem tanto a foto quanto os argumentos ruins. Deixam duas fotos gigantes, texto minúsculo (tanto em fonte quanto em conteúdo), utilizam gírias idiotas e apresentam um argumento fraquíssimo.
"Cara, esses nerds bitolados do Bátima são um porre!". Pronto. Aí está todo o argumento do honorável colunista. Pra suprir sua falta de idéias, em seguida aumenta a fonte exageradamente numa tentativa fracassada de se impor, numa expressão clichê e levemente pseudo-intelectual.

Quanto à minha opinião sobre o assunto, não concordo em matar os atores tão quanto não concordo com a difamação ao herói. Duvido muito que tenham autorização da DC Comics para reproduzir algo com o nome dos personagens, portanto, não passam de aproveitadores que usam do nome famoso para ganharem uns trocados com um tema velho e chato. Um tema que foi polêmico entre fãs de HQ nos Estados Unidos no século passado, uma idiotice sobre homessexualismo no maior dos heróis, fato que resultou na morte do Robin. Eu nunca gostei do moleque mas homessexualismo é o tema preferido dos pseudo-críticos homofóbicos, é como dizer que há homessexualismo na relação entre Sam e Frodo, os dois hobbits de O Senhor dos Anéis.
O público que gosta dessa porcaria, provavelmente não passa de pessoas que só conhecem o Batman pelos filmes e/ou desenhos animados. Provavelmente, nunca tocaram num HQ.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Tropa de Elite

Música do dia: Massacration - Evil Papagali


Há tempos prometo este post e não ficaria devendo, principalmente, devido à moda que virou este filme nos últimos dias.
Acontece que fui assistir só na semana passada e de lá pra cá, não tive muito tempo vago para postar.
Desde o início, só ouvia falar bem desse filme, fator que não influencia em nada sobre minha opinião, ou até influencia negativamente, uma vez que sei que metade dos brasileiros gostam de tiro, porrada e nudez e só. Mas tenho que admitir - o filme me impressionou.

É de longe o melhor filme nacional que já vi. Curioso é que hoje mesmo, na sala, surgiu a discussão sobre "escrever" como dom ou profissão qualquer, e eu levantei o fato de que o Brasil é um dos únicos países que não investem em escrita, que não tem faculdade específica para quem sonha ser escritor, diferente da maioria dos países. Discutir tal fato, nos levará ao que minha professora citou - o governo não quer um povo intelectual, quer o povo burro. E se for para discutir os motivos e a história política do país, esse post seria imenso e muito maior que uma simpels crítica cinematográfica. O básico é que esta falta de vontade do governo ou daqueles velhos vermes da Academia Brasileira de Letras, contribui para o progresso lento/quase nulo do país, e a pobreza tanto em livros quanto em filmes, pobreza em geral da escrita. Enquanto o investimento de outros países como os Estados Unidos é gigantesco, o nosso não existe, o que justifica a merda que é nosso cinema. Eis um grande motivo para admirar a qualidade de Tropa de Elite.

O filme de ficção (se é que assim podemos chamar, uma vez que sabemos que quase tudo é real) retrata com uma realidade incrível o trabalho do esquadrão BOPE, tropa de elite da Polícia Militar que controla o atrito com a bandidgem quando os PMs não dão conta. A sinopse do filme é curta, basta falar do esquadrão e que o protagonista (capitão da BOPE) treina novos candidatos para a sua substituição, uma vez que o mesmo se ve atacado pela síndrome do pânico com a pressão de sua mulher que está grávida prestes a parir.
Há um ponto que cria muita discussão, e esse é sobre a rigidez do esquadrão aplicada nos suspeitos dentro da favela. Pobre de quem não tem nada a ver com a história, mas eu concordo com os métodos ditadores, é assim, infelizmente, que as coisas funcionam por aqui. Bem-vindos à realidade.
A história é fraca e se você é uma pessoa como eu, que assistiu a todos os filmes nacionais com essa temática, não tem muito a que acrescentar, salvo pelo que acontece por dentro da polícia. O diferencial não é a história, mas sim como ela é retratada e o clima de tensão (essencial para este tipo de filme) que o diretor consegue criar. Além de atores excelentes com os principais personagens, com foco em Caio Junqueira (Neto) e André Ramiro (Matias) que interpretam perfeitamente suas personalidades pré e pós BOPE. Tirei o chapéu.
E falando em história, é bom se reorganizar antes de falar: "mais um filme de favela". Essa é a realidade do país, é nosso tema. Os Estados Unidos têm seus clássicos com muito mais filmes sobre faroeste, que foi seu tema por muito tempo. Eu mesmo não sou muito ligado a problemas sociais e quanto ao tema, prefiro pessoalmente o velho bang-bang de Clint Eastwood, mas não posso negar a qualidade representativa desse novo filme, mesmo eu não gostando da temática.
Gostei muito da cena ao final do filme, onde mostra a passeata de paz sobre o comentário do narrador-personagem que diz algo como: "Se tem uma coisa que odeio, é passeata para a paz. Dá vontade sair dando porrada". Ótimo! Concordo e muito com isso. No filme, as mesmas pessoas que estão de branco, passeando pela paz (como se suas atitudes egoístas pseudo-pacificistas fossem cobrir o mundo de paz), são os maconheirinhos que bancam o tráfico comprando seus baseados pra curtir com a galera. E, hoje, não é muito diferente e vale acrescentar que muito nego que espalha para todo mundo o quanto gostou do filme, é também um maconheiro que sustenta toda essa bandidagem. Ver playboy maconheiro apanhando com razão é gratificante no filme.
Uma contradição interessante já observado por metade dos críticos da internet, foi que o filme foi um recorde de venda de DVD pirata. O mesmo filme que fala da contribuição da população com a ruína do país é recorde em pirataria. Comprar maconha e filme pirata não tem diferença nenhuma. É crime e contribuição para continuarmos no fundo do poço.

Para finalizar, digo que o que incomoda mesmo em tudo isso, é a moda desgraçada que este filme espalhou. Além de ter que escutar todos os dias aquele funk irritante, ainda deve-se agüentar as piadinhas relacionadas ao filme, piadinhas essas que não acabam. Maldita modinha!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Tuomas x Tarja

Música do dia: Weird Al Yankovic - White & Nerdy

Desde a saída da ex-vocalista do Nightwish, Tarja Turunen, os fãs da banda se dividiram entre os Tuometes e os Tarjetes. Tuometes aqueles que ficam inteiramente ao lado de Tuomas Holopainen (líder da banda e responsável pela expulsão da vocalista), defendendo-o quando o mesmo usa os argumentos de que Tarja faltava aos ensaios, desmarcava shows para ir ao cinema com as amigas, ignorava os fãs (carta de demissão traduzida), etc.. Tarjetes aqueles que estão inteiramente ao lado da Tarja, hipnotizados por sua voz, indiferentes ao seu comportamento com os fãs.
Nightwish é minha banda preferida há muito tempo pois é a única banda que conseguiu unir melodia e letra de uma forma inexplicável. As letras do Tuomas (com Emppu, às vezes) sempre querem passar algo: um sentimento, uma ira..algo. A banda conseguira essa transição unindo as letras à voz lírica de Tarja. Ela é a voz da banda, se não ela, a substituição só seria aceita com outra lírico/mezzo-soprano tão afinada quanto. Se a Tarja quiser dizer "amor" e cantar "merda", ela conseguirá. Portanto, ela como a representação sinfônica das letras da banda, encaixava-se perfeitamente, pois as letras precisam de uma compreensão que vá além de ler toda a letra e toda a explicação à letra dada pelo criador. A intonação da voz completa o significado das letras.
Tudo isso, é para dizer o quanto estou em dúvida sobre o que pensar. O Nightwish não é mais o mesmo. A nova vocalista não sabe passar o que as letras querem passar, e não me refiro ao novo álbum (que está bem encaixado à nova voz), mas sim às músicas antigas, que perderam toda sua poesia com a Anette. Nem sei se as novas músicas querem passar algo pois só consegui entender o significado de "Bye Bye Beautiful" e "Eva" que são óbvias espetadas na pobre Tarja.
Desde o início, o metal não era a área preferida de Tarja Turunen e ela sonhava a carreira dentro do canto clássico, fato realizado em "Henkäys Ikuisuudesta", seu primeiro CD solo. Aparentemente, então, Tarja estaria feliz com sua carreira sonhada e estava usando o nome que ganhou durante todo esse tempo no Nightwish, para alcançar gordas vendas pra seu trabalho. Porém, recentemente foi divulgada a faixa "I Walk Alone", de seu próximo CD. Fugindo do que parecia ser seu estilo, ainda conta com a letra espetante ao Tuomas. Ironias como "Put all your angels on the edge", "I left a thorn under your bed" e diretas como "Go tell the world I'm still around", compõe a letra que está tão pobre ou ainda mais pobre do que nas espetadas de Tuomas. "Bye Bye Beautiful" tem um refrão inteiramente pontudo e só não é completamente tedioso porque o Marco dá um jeito no vocal, mas observo que não entendi a última frase onde diz "You chose the long road, but we'll be waiting". Como assim, "estaremos esperando"? Será a entrada de Anette um golpe de marketing para promover o sucesso da banda num futuro "retorno da Tarja"? Mesmo sendo minha banda preferida, devo desconfiar desses truques muito usados. Não faz sentido o Tuomas estragar todos as músicas de todos os albuns antigos por sua obsessão pelo significado de "End of an Era". Não é possível que ele queira mudar tanto a banda, mas para pior (a ponto de criar um clipe inteiramente pop). Será que ele quis contratar algo longe do lírico ou mezzo-soprano apenas para marcar a nova era da banda ou tudo não passa de um golpe comum? Eu espero que seja um golpe ou, caso contrário, que os dois façam as pazes ou o Tuomas perca muito dinheiro e contrate alguém como a Simone Simons ou Sabine Edelsbacher (apesar de sua voz ser monótona). Nightwish está perdendo sua personalidade, fato que é raro e que, dentro desse tipo de banda, só enxergo grande neles, em Edenbridge e em Epica. Dessa maneira, Nightwish se tornará uma banda com memória, mas com nível de personalidade à Lacuna Coil e Within Temptation.
Resta-me esperar.


EXTRA DO DIA:

Recentemente, encontrei em um blog de uma conhecida, uma releitura de um poema famoso, sem créditos, sem fonte. Tratava-se de uma reescrita da crônica de "O Amor Acaba" de Paulo Mendes Campos, feita pelo colunista da revista Capricho. Texto esse que saiu em sua coluna na edição de setembro desta deplorável revista feminina. Ao ver o texto, óbviamente percebi que fugia imensamente do gênero textual da autora do blog. Investiguei e não demorei dez minutos para ter todas as informações que dei acima.
Como bom pacificador, ia ignorar o fato de que é crime publicar qualquer obra com omissão de fontes, seja ela numa revista ou num mero blog de adolescente revoltada. Pois bem, ao ler os comentários elogiando-a pelo seu suposto jeito íngreme de escrita, indignei-me e comentei com uma leve ironia, apresentando os fatos e fontes de maneira polida e educada. Hoje, vi que apagou meu comentário, deixando o seguinte:

"pro loki disse...

não quero que você comente no meu blog, aliás, não é que não queira, não faço questão.
Você se tornou insignificante na minha vida, gostaria que se afastasse.

Grata =)"

Pois bem. Ou ela não sabe o significado de "insignificante", ou me julga burro o suficiente para não entender. "Insignificante" é a pessoa que nada significa (óbvio..ou nem tanto). Se eu nada significo, por que mereci um comentário excluído e uma dedicatória à ação? Se quer que eu me afaste, sou, no mínimo irritante, não insignificante. Para ela, posso significar um amontoado de cocô de cachorro, mas significo algo. Ela deve saber que indiferença é pior que ódio, mas é fato que se torna irrelevante, uma vez que não me preocupo com minha imagem para com ela. Comentei apenas para cutucá-la, óbvio. Assim como fiz da vez anterior e ela significa algo veemente em minha concepção, não é nem de longe insignificante e muito menos saudável para se postar.
E fica aí a fonte: http://wannabemypenguin.blogspot.com

Sayonara!

domingo, 7 de outubro de 2007

Resident Evil 3: Extinction

Música do dia: Manowar - Blood of the Kings



Todo bom fã da série Resident Evil, já sabe o que esperar de uma continuação do último filme. Portanto eu, como bom fã, já esperava o pior. E o tive.
Assim que começa o filme, temos Milla Jovovich nua (de novo?!) para excitar o público-alvo adolescente. A personagem Alice aparece no cafofo já conhecido da Umbrella, causando uma confusão aos espectadores que imaginam o porquê de ela estar lá novamente. Mas logo descobrimos que não passa de um clone idiota. Um possível furo de roteiro passou batido mas não há motivo para decepção, existem muitos ao longo dos 95 minutos de filme.
Além do que, observado pela crítica do Cinema em Cena, esganaram o roteiro ao momento em que o Dr. Isaacs diz que a fuga de Alice é prejudicial aos planos da Umbrella, depois de o segundo filme ter acabado com a clara demonstração de que a fuga fazia parte dos planos da empresa. Além de que a musa Jill Valentine, cuja aparição levou à loucura os fãs psicóticos no segundo filme e foi, para muitos, a salvação do mesmo, esteve desparecida e esquecida em Extinction.

Mais do que o mistério de como alguns zumbis inúteis conseguem derrubar um carro gigante e milhares não conseguem arrombar uma maldita cerca de arame, ainda mais do que o mistério de como um planeta de 510,3 km2 de extensão territorial vire deserto de areia em míseros cinco anos, o que mais me incomodou e me cutucou o filme todo, foi a película digital sobre os rostos femininos. Por que diabos aperfeiçoar os rostos das protagonistas da série? Além do ridículo por parecerem bonecas em CG (computer grafics) de um 128bit, contrariam completamente o cenário da trama que não passa de um monte de sujeira e pó.

O resumo do filme é: Incríveis matadoras e dilaceradoras de mortos-vivos que, entre as habilidades sobre-humanas, está a de se manterem limpas, maquiadas e perfeitas (quem sabe até cheirosas?!) durante o filme todo. Entre outros homens quaisquer que morrem de jeitos que ficam longe da emoção, fazendo-nos esquecer que era mesmo para ser uma morte. E de história, não tem nada. Apenas ação.

Os 45 milhões de dólares de orçamento do filme, certamente serão cobridos por pessoas como eu, que continuam alimentando a preguiça e a incapacidade desses diretores vagabundos, dando nosso dinheiro para as estréias no cinema. Também pelos milhares de patrocinadores grandes, observados ao longo do filme. Eles que patrocinam exatamente por saberem que existem pessoas como eu.
Será que já não basta desse descaso com as séries de grande nome? Parece mais do que preguiça, parece vontade de jogar na lama um nome como "Resident Evil". Talvez nossos amigos Russel Mulcahy e Paul Anderson
não tenham conseguido zerar o game no nível hard e se uniram numa vingança.

Bom, e o filme acaba dando a idéia de uma continuação. Se não houver criatividade para o roteiro novamente, inescapávelmente, terão de ter para o quarto subtítulo. Após "Apocalipse" e "Extinção", o que poderá vir? Algo como "Resident Evil 4: O Purgatório"?


Sem mais delongas.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Novo e último bimestre

Música do dia: Nightwish - 7 Days to the Wolves

Salas reajustadas, equipes formadas e aulas normais novamente. Oh, hoje estavam todos preocupados em formar boas equipes. Bom, se o que forma uma boa equipe é um maior número de pessoas dedicadas e que realmente fazem as coisas, devo observar que a vontade de cair em uma "boa equipe", me parece a angústia pela maior divisão de obrigações ou uma ânsia por montar nas costas dos que realmente fazem. Se o objetivo é lidar com as dificuldades no trabalho em equipe, não há nenhum desafio em cair numa onde todos se dão bem e são devidamente responsáveis, certo? Sucesso seria fazer uma equipe de preguiçosos ser o destaque. O que tem de glorioso o sucesso de uma equipe onde todos já se dão bem desde o início?
Apenas minha opinião.

Hoje foi um dia quebra-rotina apenas porque saí de casa para gastar dinheiro. Comprei alguns quadrinhos que me faltavam, paguei conta, consertei bicicleta e passei no Cultura Inglesa

O espetacular sonho de qualquer colecionador de HQ e fã de Batman, está nas bancas (ou só na Odisséia, por enquanto). O incrível épico que mostra as primeiras aparições dos vilões mais vilões do Batman em capa dura e papel pisa brite por um ligeiro custo de R$ 48,90. E não é volume único. Eu realmente quero isso, mas não sei como o comprarei.

Post rápido, apenas para abrir o mês.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Recuperação?

Música do dia: Epica - Facade of Reality

Há alguns anos atrás, recuperação era uma palavra que não fazia parte de meu cotidiano. Até a oitava série, costumava ser o primeiro da sala. Aquele que tinha a redação escolhida, que era elogiado pelos professores, que, a partir da sétima, pecava um pouco em comportamento mas não deixava que isso influenciasse em suas notas altas.


SESI, o colégio que estudei da primeira à oitava série em Ourinhos (foto). Um colégio bom e com boas referências. Um colégio apostilado e que me fazia revisar tais apostilas todos os dias quando em casa. Estudava mais de quatro horas por dia, geralmente. Valia a pena.
O corpo docente do SESI, enfatizava a capacidade daqueles que saíam de lá e passavam no vestibulinho de ensino médio na ETE (outra foto). Naquela época, o SESI só tinha ensino fundamental, portanto, tinham que ter um colégio para indicar pós-sesi. Faziam uma hipnose desde a sétima, para que o objetivo de todos fosse passar na ETE, que é um colégio técnico que dá aulas de ensino médio, entre outros cursos. Três salas, uma para cada ano, 40 vagas em um vestibulinho com cerca de 1000 inscritos.


Eu teria ido para qualquer outro colégio particular, mas fui hipnotizado a fazer vestibulinho do "O Colégio público", aquele colégio que era mais bem falado no SESI do que os que utilizavam dos melhores sistemas de ensino como Anglo e Objetivo.
Fiz sem nervosismo ou preocupação, fiz rápido e um tanto quanto despreocupado o tal vestibulinho. Passei em 16°, pelo que me lembro. Fiquei feliz mas eu sempre soube que tinha capacidade para passar em um lugar acima disso. Amigos reunidos, da minha sala da oitava muita gente passou e foi uma alegria no começo.
Greve. Após uns dois meses ou menos de aula, professores entrarem em greve. Alguns aderiram, alguns não. Aulas fragmentadas, horário confuso e íamos ao colégio para ter uma ou duas aulas e no intervalos das mesmas, íamos andar pelo centro ou vagabundear na Wizard. Isso acabou com o Bruno estudioso. Peguei gosto pela folga, esqueci como era estudar e fui "emburrecendo" com o passar do tempo. Quando percebi, parei de ir ao colégio para reprovar por falta e foi o que houve. Um ano perdido mas foi melhor ter agido assim do que ter passado sem ter aprendido um conteúdo sequer.
Ano seguinte: mudei-me para Londrina e comecei vida nova. Primeiro ano outra vez, e dessa vez fui bem e com notas altas.
No segundo ano comecei a trabalhar em período integral e estudar à noite. Novamente sentindo meus estudos se despedaçarem porque todos sabem como é horrível o ensino noturno do Vicente Rijo. Parei de trabalhar depois das férias de julho e fui pro período da manhã, onde cheguei completamente despreparado e sem livros. Reprovei mais uma vez.
Este ano, segundo ano novamente. Depois de muito tempo, colégio particular novamente e, dessa vez, não achava que ficaria mais em recuperação. As poucas matérias que fui mal nos primeiros bimestres, eram explicadas pelo fato de que eu estava desacostumado a estudar e ainda mais com média bimestral de 70 pontos.
Hoje descobrimos que todos os alunos ficaram de recuperação. E em mais de metade das disciplinas. Isso quer dizer que 100% dos alunos relaxaram? Não. Definitivamente, quer dizer que algo está errado no critério avaliativo.
Encerramento das apresentações dos trabalhos finais foi hoje. Nota do trabalho: 20.
Bimestre passado, algumas equipes tiraram nota máxima com trabalhos muito menos detalhados que os desse bimestre. Pelo que observei, o nível das apresentaçãos subiu. Não muito, mas subiu. Mas o que subiu gradativamente, foi a avaliação desses trabalhos, a exigência dos juízes. Ninguém tirou nota máxima nem com trabalhos melhores que do bimestre passado. Óbviamente tenho minhas teorias a respeito dessa mudança repentina, mas calo-me uma vez que sei que isso pode se tornar "atritante" ao ser escrito aqui.
Mas ninguém deixou claro que o critério avaliativo dos trabalhos finais desse bimestre, seriam muito mais implicantes, logo, todos os alunos saíram no prejuízo.
Eu escreveria um post com o dobro deste se eu fosse um tolo. Pela atitude de hoje, não só por isso mas principalmente por isso, aquieto-me no meu canto e encerro o meu post por aqui. Postando apenas para matar a vontade de escrever algo num dia incomum como hoje. O que eu sinto a respeito, devem imaginar.
E estudemos para a recuperação paralela, amigos!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Video Games Live 2007

Música do Dia: Civilization 4 - Baba Yet

A VIAGEM
Saímos de Londrina às 7h da manhã e com algumas paradas pelo caminho, fomos chegar em São Paulo aproximadamente às 4:00 da tarde. Às 5 horas já estávamos todos em frente à Via Funchal e eu ganhei um chapéu de Urahara do Dann, Dani e Gabriel. Eles passaram na Liba, que inveja!Chapéu em questão
Antes de começar o evento, fomos pro Shopping Morumbi, onde tive direito a esporro de otaku. Enquanto eu andava calmamente pelo shopping, um paulistano de uns 15 anos vinha se aproximando de mim com expressão facil de como se me conhecesse. A princípio, achei tratar-se de um engano, de que ele viria me comprimentar confundindo-me com um conhecido, mas não foi isso. Ele chegou e perguntou se meu chapéu era do Urahara (foto à direita), disse que sim e ele disse: "Você tá usando errado, é com o "Y" pra frente". E saiu andando. Sim, sei que o número de otakus otários de lá para aqui é igualmente proporcional ao número de habitantes, mas havia me esquecido de vários acontecimentos "otakais" de minhas AnimeFriends. Não esperava encontrar um verme em pleno shopping, muito menos tomar um esporro. Como eu disse, ele devia ter acabado de tomar um fora de sua japinha kawaii preferida, ter se deprimido e tocado uma para um fanfic hentai da Mai Shiranui e, após ter recuperado seu orgulho otaku, foi passear ao shopping para demonstrar o quanto ele é mais entendido de animes do que os outros seres. Deprimente.
Danniel e Gabriel foram embora antes do fim do evento por causa do horário das passagens. Fiquei até o final e, após o evento, ainda fui ao Burguer King detonar um Stacker duplo com batata e Nestea infinito. Saímos de lá na segunda às 11 da manhã e chegamos aqui lá pelas 5:30 da tarde, devido a atrasos das paradas na estrada.


GAME & GAME MUSIC
A primeira reação comum ao se dizer "videogame", é uma "torcida-de-nariz" acompanhada de um ar de desprezo e superioridade. Brasil, um país onde o valor de quem entende de novela é superior ao de um entendedor de cinema, assim como o valor de um apreciador de funk e/ou psy para um de game music.
O videogame foi criado durante a Guerra Fria, como um dos motivos, dar a impressão às pessoas de possuir algum controle sobre a situação - algo que, na guerra, seria impossível. É mais uma das invenções criadas graças às guerras e que consideremados indispensáveis sem ao menos saber suas origens. Exemplo: submarino, avião, internet, fogão, computador domiciliar, etc. Mais tarde, foi dada ênfase aos games de treino para soldados do exército, talvez um dos motivos para que para alguns, videogame tenha o desmérito da posse da alcunha "violento".
De acordo com o dicionário, "ignorância" significa, entre outras coisas, "falta de saber, de ciência", logo, receber uma expressão de desprezo após ter tocado no assunto "videogame" com alguém claramente desentendido do assunto, significa estar conversando com um ignorante. Veja bem, só estou seguindo o dicionário. Alguém que não entende sobre um assunto é ignorante no mesmo, assim, deveria não falar sobre. Mal de brasileiro: desprezar/criticar o que não conhece/entende. É fato que acontece não só com videogames mas com muito mais coisas.
Digo tudo isso porque sei e vivo cada dia
mais a ignorância das pessoas, fato que me deixa entristecido.
Como disse Tommy Talarico, ao início do evento deste ano, algumas pessoas acham que música de videogame, ou seja, game musics, não passam de "bloops" e "blips". Ir à uma orquestra sinfônica de game musics, significa infantilidade para muitas pessoas. Sim, não só para a massa ignorante assumida do país, mas também aos não assumidos, conhecidos também como pseudo-intelectuais, aqueles que posam de intelectuais e críticos a todos os assuntos, mas não sabem nem do que estão falando. Possuem o maior poder de enrolação sem argumentos concretos que existe.


O EVENTO
Alguns pontos positivos e outros negativos quanto ao evento do ano anterior. Para minha alegria, são mais positivos.
Orquestra Sinfônica da Petrobrás
, a melhor orquestra do Brasil, uma honra. Para a orquestra que toca clássicos de grandes compositores japoneses e para a platéia, que tem o prazer de ouvir os clássicos atavés da melhor orquestra nacional.
Este ano, abusaram mais do já querido ao público, Martin Leung (foto). O coreando que ficou famoso pelo vídeo "videogame pianist" do Youtube, onde o mesmo tocara músicas dos clássicos Mario Bros e Mario World numa velocidade e sincronia incríveis. Este ano, simplesmente tocou "Radical Dreamers - Without Taking the Jewel", música preferida de meu compositor preferido, só faltou mesmo ser de meu jogo preferido, Chrono Trigger. Porém foi de seu sucessor, Chrono Cross, que tem a trilha toda composta pelo mestre Yasunori Mitsuda. Óbviamente, preferiria a música nas mãos da orquestra, mas ouví-la no piano não impediu que uma lágrima corresse meu rosto durante a música.
Algumas músicas se repetiram, porém muito melhores. A superioridade deste coral para com o do ano anterior é clara. Liberi Fatali, Baba Yetu e One Winged Angel, três das músicas repetidas, estavam notávelmente melhores.
Clássicas de Mario e Sonic não faltaram, Metal Gear Solid e World of Warcraft novem
ente e contamos com algumas coisas a mais como maior repertório de Martin Leung, a inesperada aparição de um brasileiro que toca músicas de Mario no violão e, claro, músicas novas como a de Halo 3 e Starcraft II. Aparentemente, acabaria com a música de Halo, ou foi isso que quiseram demonstrar. Acredito que muita gente estava perdendo as esperanças quanto ao gran-finale de One Winged Angel. Uma brincadeira apenas, óbviamente o clássico dos clássicos teve de ser tocado para encerrar, e foi o ponto inferior ao ano passado. Esta música é como a marca da VGL no Brasil, como a música tema para todo gamer conhecedor de RPG. Uma música séria e imponente que foi desvalorizada completamente. Este ano, a música foi tocada com um playback de guitarra ao fundo e, para piorar, com as gracinhas de Tommy Talarico e sua air guitar. Como se não bastasse, o próprio Tommy iniciou o ciclo de palmas rítmicas coordenadas no meio da música. Idiota. O grande clássico virou uma anedota, uma músiquinha para ser assoviada, não mais o clássico digno de uma orquestra. Espero com fé, que em 2008 cortem essa palhaçada.
Para os que continuam achando que videogame se resume a barulhos irritantes, vale a pena assistir o encerramente do evento:



VGL SP 2007: Final Fantasy VII - One Winged Angel


E ignorem o sujeito ao centro do palco.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Atraso e danos à sociedade.

Música do dia: Epica - The Phantom Agony

Onze e meia da noite e eu aqui, ouvindo Iron Maiden, contando meu dinheiro e tomando terere.
Daqui há algumas horas, estarei em um carro em direção a São Paulo, jogando DS e super ansioso. Domingo às 6 da manhã, o carro passará aqui em casa e estarei pronto para novamente ir à VGL.

Hoje, cheguei extra-cansado do colégio. Prova de física que fui relativamente bem e vôlei na última aula, após uma fracassada apresentação de trabalho sobre tendões. Meus pais estavam prontos para viajar, deitei no sofá da sala e inutilmente pedi mais dinheiro ao meu pai pois ele me deu muito pouco para uma viagem a um evento. Dormi. Dormi e acordei as 5:30 da tarde.

Li um mangá, bebi chá e o Danniel veio aqui conversar sobre a viagem. Logo mais, o Dico também veio e fomos comer enquanto o Danniel teve de ir embora. Demos umas voltas em torno do Igapó e conversamos sobre mulheres e boatos.

Recentemente, recebi uma advertência escrita sobre meus atrasos matinais à aula. Leia com atenção o trecho:

Desta forma, através de acompanhamento, temos observado que seu(sua) filho(a), Bruno Lopes da Silva , possui as seguintes ocorrências freqüentes:

(X) entrada em sala de aula às 07:30 (15 minutos de tolerância), aspecto que vem influenciando significativamente no desempenho do aluno, da equipe e da turma.

Francamente, um exagero. Eu realmente chego sempre na tolerância por ter problemas de sono e não conseguir despertar, além do que vou de bicicleta. Mas nunca me atrapalhei, nem minha equipe, muito menos a turma. Como 15 minutos de atraso atrapalhariam minha turma?!
Com um visível gosto pela enfatização de problemas irrelevantes, digo que deveria ser redigido com as seguintes palavras:


Desta forma, através de acompanhamento, temos observado que seu(sua) filho(a), Bruno Lopes da Silva, possui as seguintes ocorrências freqüentes:

(X) entrada em sala de aula às 07:30 (15 minutos de tolerância), aspecto que vem influenciando significativamente no desempenho do aluno, da equipe, da turma, do colégio e do Sistema SESI-PR. O atraso de seu(sua) filho(a) vem acarretando em imensuráveis danos à camada de ozônio. Está contribuindo para o processo lento de desenvolvimento do país. Após estes freqüentes atrasos, o PIB brasileiro caiu em 15% e as taxas de mortalidade cresceram na Bósnia Herzegovina. O governo observou um crescimento desenfreado da poluição do ar, solo e acúmulo de entulhos em locais ambientais, sem contar a devastação imensurável das florestas no coração da Amazônia. Uma tsunami matou 165 mil pessoas no leste asiático, região banhada pelo Oceano Pacífico que, após os constantes atrasos de seu(sua) filho(a), não é mais digno do título "pacífico", uma vez que se foi observado diversas tempestades e ciclones d'água que mataram pescadores e petroleiros, destruindo uma base da Petrobrás que situava-se no meio do oceano, com isso, espalhando litros de petróleo que fizeram com que 63 espécies de peixes entrassem em extinção, fato que influencia diretamente na cadeia alimentar de predadores como o tubarão-assassino que irão acabar morrendo de fome, tirando o sustento de pescadores da região que vivem da caça e pesca de tubarões, logo, aumentando a problemática da fome do leste asiático e a economia dos países que tinham-na baseada na exportação de pele de tubarão, fato que cortará relações entre os Estados Unidos e países da Europa com os países exportadores da pele. Tamanho choque na economia, trará problemas urbanos e sociais para as graneds potências mundiais e para toda a população, o que poderá levar-nos à uma Terceira Guerra Mundial.
Certos de vossa compreensão, colocamo-nos à disposição para dirimir dúvidas.



Ok, eu fiz isso por pura implicância (ou falta de assunto).
Estou feliz. Por mais que boatos sobre mim alastram-se pela cidade como a praga dos gafanhotos no Egito Antigo, isso trouxe conseqüências imensuravelmente boas para minha vida atual. Sem contar que a VGL, meu evento preferido, está chegando e fui bem na prova de física. "Há males que vem pra bem". Quem diria?!

Grato pelas críticas ao blog, algo que me deixa feliz também.

Em breve, post extremamente gigante sobre a VGL.
Até lá.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Resultado da Maratona Enem

Música do dia: Epica - Mother of Light (A New Age Dawns Part 2)

Depois de muito tempo sem escrever, volto para falar dos resultados da Maratona Enem.
Hoje em dia, devemos desconfiar de tudo ao nosso redor, ou pelo menos não confiar em tudo o que nos passam. Um grande erro comum é acreditar indubitavelmente em tudo que venha da mídia, seja ela a televisão, o jornal, a propaganda, etc.
Logo de cara, já atentei a farsa do título e propaganda da Maratona Enem. Afinal, por que "Enem"? Bem, a prova é aplicada alguns dias antes do Enem, tem sua estrutura baseada nesta prova e serve como um teste para a mesma. Mas esperem, o Exame Nacional do Ensino Médio nada mais é que um teste para o vestibular, logo, Maratona Enem é um teste para o teste. O objetivo disso é claro, promover o Sistem Anglo. Sabemos que Enem é um nome forte para estudantes e pais de estudantes brasileiros, fato que explica tudo. Maratona Enem: uma tentativa de fisgar a atenção dos pais para a qualidade do Sistema Anglo.
Além disso, outro fato me incomoda. Este é um acontecimento nacional realizado em colégios que utilizam o material Anglo. Por que o Colégio Londrinense não participou, se o mesmo também utiliza o sistema? O Colégio Universitário é um colégio que coleciona histórias suspeitas, mas não devemos levar em conta antes de termos provas concretas. Ok, então analisemos a situação.
Colégios particulares não deixam de ser empresas que estão vulneráveis ao mercado, precisam de propaganda, manter qualidade e a cada dia estar inovando para não perder clientes. Suponho que o Universitário andou perdendo um número significativo de alunos recentemente, eu mesmo conheço algumas pessoas que saíram de lá por estarem de "saco cheio". Não seria a Maratona Enem, uma jogada dos colégios que utilizam Sistema Anglo que, ultimamente, tenham tido perdas de alunos? É uma forte hipótese, tendo em conta toda propaganda que está relacionada ao teste e ao fato de que o Donizete, coordenador do ensino médio do Londrinense, ter dito alguns dias depois da divulgação da prova, que não estava sabendo do acontecimento.

Alguns dias após a prova, uma carta foi enviada a todos os participantes informando-nos sobre uma reunião no colégio em que realizamos a prova com o intuito de saber nosso desempenho. Fui à reunião e fiquei pouco tempo, bastava pegar uma pasta com uma senha pro seu nome, esta que seria chave para "logar" no site e visualizar o relatório individual de desempenho no provão. Chegando ao universitário, me deparei com poucas pessoas e um coffee-break maravilhoso, motivo pelo qual me fez ficar mais tempo do que previ. Assisti um tanto da reunião mas, francamente, aquilo foi tedioso. Uma reunião para mostrar quão corajosos fomos nós, participantes, ao levantarmos cedo para realizar uma prova e para mostrar como o Colégio Universitário é a melhor opção de ensino em Londrina. Chatice.

Não levando em conta meu vergonhoso resultado de 75,09% no rank (porque isso é minha culpa), voltemos ao relatório individual.




Eu realmente fui mal, mas acho que devo desconfiar da honestidade desses resultados. Percebam que C2 foi a competência onde meu desempenho foi pior. Logo após este gráfico, no site, tem um gráfico interativo para observar como o Sistema Anglo pode melhorar seu desempenho em cada competência. Não passa de hipnoze a favor do Anglo, trabalharam em algo tão complexo baseados em uma provinha de 40 questões e sequer publicaram o gabarito. Enfatizaram as características que só o Sistema Anglo possui, como se o fato de eu não tê-las fosse o motivo de meu fracasso. Se publicassem o gabarito, muita gente ignoraria essa massa de informação irrelevante e corrigiria sua própria prova.
Eles tinham o controle de informação das pessoas, sabiam que não faço parte do Sistema Anglo, informação suficiente para dar uma "alterada" em meu relatório individual e em todos aqueles fora do Sistema, não acham?!