terça-feira, 9 de setembro de 2008

Comentando a VEJA #1 - "Eles são diferentes. E adoram disso"

A vontade de escrever é quase tão grande quanto a carência de assuntos pelos quais me interesso. Ultimamente, uma das minhas únicas fontes de informação tem sido a Revista Veja. É... a polêmica Veja. Aquela pela qual é complicado encontrar quem opine racionalmente. Uns amam, outros odeiam... Julgamentos banais! Um dia farei um post sobre minha opinião sobre a revista e sobre os opinadores da revista.
Hoje, inauguro esta nova seção: Comentando a VEJA. Tcha-ram!! Nada mais é do que alguns comentários sobre matérias dos números atuais da revista. Pretendo aumentar meu campo de leitura (me falta tempo) e fazer seções com a INFO, Super Interessante, etc..
Bem, vamos ao post.

ADVERTÊNCIA: O conteúdo abaixo é de temática religiosa. Se você é religoso e, por conseqüência, não tem capacidade de enxergar a realidade e se ofende com qualquer blasfêmia, vá visitar um outro site ao seu nível.

Revista VEJA, edição 2077 - ano 41- nº 36. Páginas 134 à138.
Durante uma aula dupla de filosofia sobre a Arte em Platão e em Aristóteles, resolvo abrir minha Veja da semana afim de uma leitura produtiva, uma vez que o conteúdo da discplina já me é sabido. Abri na parte de religião e me deparei com uma foto bizarra. Rapazes alegres dançando estranhamente numa danceteria sob o título "Eles são diferentes. E adoram isso". Logo que comecei a ler, senti a presença de alguém nas minhas costas. Era a Laís. Indagou: "Você é gay?". Estranhei e tentei assimilar a situação. Não consegui e respondi: "Não! Por quê??". Ela replicou: "Sei lá, te vejo lendo uma matéria com uma foto cheia de gays e escrito que são diferentes e adoram isso...". Ri. Não sei se eram gays, por mais que parecessem, entretanto, a matéria se tratava da nova moda jovem evangélica.
Sou ateu. Talvez eu acredite que exista alguma força cósmica que deu origem ao universo. Mas, como costumo dizer, não sei quem é deus, mas sei bem que ele não é. Não posso dizer que não acredito porém respeito todas as religiões, como é praxe dos aspirantes a ateus. Eu não acredito e desprezo qualquer forma de religião existente. Elas influenciam diretamente e de forma negativa sobre minha vida. Não há motivo para respeito.
Se você é teísta praticante e insistiu em contrariar minha advertência, sei exatamente o que pensou sobre meu comentário acima. Sugiro que pare a leitura imediatamente e vá ler a bíblia.

Religião é desculpa para crimes, abrigo aos fracos. Fé e milagre são outros nomes para efeito placebo. Você acredita tanto que convence a sua mente daquilo. Se chegar num ponto extremo, poderá ter visões, sentir coisas e até falar em outras línguas. Alcançará pontos escondidos no cantinho do seu subconsciente. Isso é perfeitamente explicado por praticantes do hipnotismo e entendedores do funcionamento do cérebro humano. Não há nada de milagroso. Recomendaria alguns livros mas sei que não iria ler.
Na revista, fica claro como religião vira fuga àqueles que não têm mais nenhuma esperança, aos fudidos que só podem satisfazer o próprio ego de uma maneira: criando um falso espírito bondoso. Ex-traficantes, ex-assassinos, ex-viciados, ex-prostitutas, ex-diretoras-de-colégio-fracassadas e etc, procuram saída para sua derrota, procuram uma maneira para serem felizes. O ser humano é um bicho desgraçado de burro, parece que sempre espera uma regra a ser seguida. "A Religião é boa!", "Só Deus é o caminho". Quanta fraqueza estúpida.
Para puxar as rédeas dos fracassados, existem os oportunistas, os Edir Macedo da vida. Há muito, a religião passou de um mito para uma boa intenção, depois uma maneira de dominar o mundo e, hoje, se dividiu em ramos comerciais. Dentro do cristianismo, a igreja católica ainda me parece firme com seu ideal de dominar o mundo. Tudo se espera desse povo idiota, uma vez que não abandonaram esta merda mesmo cientes de toda crueldade aplicada e patrocinada pelos antigos padres a papas. Já dentro do cristianismo protestante, o dinheiro manda. Se aproveitar da fraqueza mental dos cidadãos é um golpe baixíssimo. O marketing usa seus truques em propagandas de refrigerantes, lanchonetes, roupas, eletrônicos e tudo que se existe e se venda. Na religião, não é diferente, entretanto, é muito mais baixo apelar para essa lacuna na vida humana sobre quem manda no mundo. É desprezível quem se aproveita da burrice alheia para tirar seus trocados. É fácil! O nome já existe, há um livro com uma história mal-contada, cheio de atrocidades das quais ninguém se presta a questionar. Arrume um capital e monte sua igreja com um nome qualquer. QUALQUER MESMO! Pode ser até Branca de Neve.

Jovens têm homônios em alta. Hormônios pedem sexo, diversão e riscos. Mas os jovens são idiotas, não conseguem controlar a bebedeira, a fumadeira e a trepadeira. Deus é a solução! Agora aliam a moda das discotecas e músicas barulhentas à ideologia protestante. Festa sem alcool, namoro sem sexo. O pessoal é privado dos seus instintos mais naturais em nome de uma baboseira divina que não trará retorno algum. Incrível é como alguns conseguem se sentir livres com isso. Lendo a matéria, achei depoimentos de pessoas que pretendem fazer sexo só após o casamento. Oh god! O sexo foi adorado e relacionado com os antigos deuses por milhões de anos. A Igreja Católica chegou com toda sua prepotência e transformou elementos pagãos como a glória ao sexo em atributos do demônio e do pecado. Se sexo não fosse necessário pra reprodução, provavelmente, proibiriam de vez. Esse legado de burrice que o catolicismo começou, se perdura até os dias de hoje, inclusive nos cultos protestantes.
Admiro algumas estratégias de marketing como famosas da Coca-Cola, Nintendo e Mc Donalds. Não há diferença nessa das neo-pentecostais. Tiram tudo o que pode fazer o jovem sair do rumo normal. Bebidas, drogas e sexo. Isso tudo mexe com seu cérebro de uma maneira maluca, você sai de si. Quem nunca atravessou quase uma cidade toda ou matou um compromisso importante por uma 'rapidinha'?! Ou, então, vendeu itens importantes na busca do sustento de algum vício?! Coisas como essas, tiram o jovem do trilho. Basta jogar muito barulho, festas, uma azaração moderada, jogos, modismos e coisas saudáveis que todo jovem gosta, tomando cuidado apenas com o que pode por em risco que ele enxergue a realidade. Até a opressão cruel já existe. Andam 'na linha' com medo do lago de chamas, do bode, do demônio, do deserto de enxofre.
Se você não percebe o quão manipuladora é a religião. Meus parabéns! Sua fé te transformou num idiota.
Pobres jovens... bem eles que seriam o futuro da nação...
Ignorância não é uma bênção! Acorde pra vida! Não há quem te castigue por seus atos a não ser teus próprios pensamentos.

Em breve, farei um post imenso sobre a farsa do cristianismo.



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Now playing: The Rubettes - Sugar Baby Love

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Dezenove anos

Dezenove anos! Oh! É muita coisa! A vida me passou tão rápido. Quando eu tinha uns catorze anos, me imaginava com dezenove barbudo, fortão e com uma moto. Barbudo eu consigo ficar; fortão me falta academia e carboidratos; moto me falta muita grana.
Estou meio anestesiado. No momento, brindo sozinho meu aniversário com uma Heineken de 355ml. Estava há tanto tempo sem beber alcool que uma única garrafa já me deixou sonolento. Sinto o peso da velhice. Talvez por tanto enfiarem em nossas cabeças que quando completamos dezoito anos, temos que ser responsáveis e etc, que acabamos nos convencendo disso. Ano passado, passei por um complexo de idade. Hoje, estou com algo parecido. Me sinto bem mais cansado do que deveria, mais responsável do que deveria. Me sinto no direito de falar algo como "no meu tempo, as coisas eram diferentes...".

Nunca dei muita importância para esse negócio de 'parabéns' ou 'feliz aniversário'. Acho a parabenização um tanto quanto sem sentido, uma vez que não sou digno de mérito nenhum somente por estar mais um ano vivo. Tudo faz parte de uma tradição sem graça, poucas pessoas realmente me desejam tudo de bom e pouquíssimas se mobilizariam se não fosse o alerta do orkut.
Eu com meus pensamentos conservadores, às vezes me sinto como se estivesse sendo deixado de lado, deixado para trás. Pessoas que antes me tratavam com o carinho de um amigo, hoje me tratam com a formalidade de um desconhecido ou um tio, talvez. Recebi um SMS que me deixou, particularmente, constrangido. Tive que parar e pensar por alguns segundos. Alguém que me tratara tão intimamente há cerca de um ano, me trata agora como um velho sem importância.
Algumas pequenas atitudes indiferentes me fazem pensar o quanto a idade física importa. Parece que vou ter que passar por um ciclo de mudança social novamente. Não porque eu queira, mas porque a situação está forçando.

Convido todos à minha festa no dia 20. Mais informações, me pergunte.