segunda-feira, 30 de março de 2009

Dica aos leitores

Você, leitor que dá xilique se ofende com algum post feito pela minha pessoa, ficam aqui algumas dicas para quando quiser revidar.


UMA GRANDE DICA:
Em hipótese alguma irei me ofender com qualquer coisa que disser. Você pode xingar minha família, tentar diminuir minhas características e me dar adjetivos de qualquer natureza. Mesmo assim, a opinião é sua e não vou dizer que eu a respeito, é diferente disso. Eu simplesmente não me importo com sua raivinha e to cagando pra você.


Se quiser ser levado a sério (sim, eu levo alguém a sério):

1 - Mantenha a calma e reflita sobre o assunto antes de replicar;

2 – Reúna todos os seus argumentos contrários ou favoráveis e os disponha de maneira organizada para eu entender o que pensa. Você pode ter até uma idéia discutível, mas se não souber como se expressar, é o mesmo que piscar o olho para uma garota no escuro;

3 – Se mesmo sabendo que eu não vou franzir meu cenho nem um milímetro por conta dos seus adjetivos, quiser ainda descontar sua raiva em palavras contra mim, por favor, escreva de acordo com as regras gramaticais, sintáticas e ortográficas (pelo menos, se esforce) ou eu nem terminarei de ler.

Por enquanto é só. Caso eu lembre de mais alguma coisa, atualizo esse mesmo post.

terça-feira, 24 de março de 2009

MEC propõe troca de modelo arcaico do vestibular

Depois de comprar briga com fanzinhos de Harry Potter, Crepúsculo e outros livros pra boi dormir; ser desafiado para um incrível desafio de taiko (porque eu NUNCA conseguiria tocar um desses, claro) e aporrinhado por n outras razões, dessa vez, o calo foi dos calouros (péssimo trocadilho).


Na minha longa experiência em ouvir piti de gente ofendida, percebi que seguem padrões de resposta às minhas críticas. Uns descontrolados xingam até a minha décima-sétima geração; outros tentam, inconscientemente, seguir a filosofia do "seja superior", porém fracassam com suas péssimas tentativas de ironia que não passam de um "você é bom mesmo, hein?!". Mas a maioria delas me desafia a algo. Os leitores da J.K. Rola me mandam escrever melhor que ela, os taiko-shiitas me mandam tocar como eles e, agora, os calouros me mandam ser xarope passar no vestibular "bom" como eles. Que fique um recado para vocês, crianças de entendimento limitado: eu sou um crítico. Ui, isso realmente soa arrogante, mas, deixando isso de lado, quero que usem o tico-e-teco de vocês. Um crítico se depara com um assunto, forma sua opinião, estuda o assunto e aperfeiçoa sua opinião. É isso que eu faço. Eu não posto aqui, nada que eu não tenha lido muito a respeito e já conheça o suficiete para tacar pedrinhas.
Se eu reclamar que minha patente tem um formato desconfortável, irão me dizer "faça patentes melhores, seu ridículo!". Se eu reclamar que meu Xbox 360 esquenta rápido demais ou que o Windows Vista é pior que um CD do Wando, irão me dizer "seja tão bom quanto o Bill Gates para ter a empresa mais rica do mundo e depois diga alguma coisa, miserável!". As coisas não são tão simples, amiguinhos (e o mundo não é perfeito, dãaan). Tendo um conhecimento contextualizado teórico, posso fazer uma crítica. Se não fosse assim, aceitaria tudo de mão-beijada! E ainda, se não fosse assim, se todos criticassem apenas o que sabem FAZER, para que existiria um crítico?! Para denunciarem outros críticos que estão criticando críticas de maneira errada?! Isso não faz o menor sentido, pessoal... Pensem a respeito.

Existem assuntos pelos quais eu me interesso e, sendo assim, tento compreendê-los e estudá-los pois, com interesse, é bem mais fácil. Cinema, música, literatura, mitologia, religião, tecnologia eletrônica e educação são tópicos pelos quais sou apaixonado há um longo tempo. Eu não postaria nada (pelo menos nos dias atuais) a respeito de economia de mercado, por exemplo. Acho fascinante, mas não entendo porra nenhuma. O que quero dizer é que tenho uma certa experiência com música para falar de dificuldade de instrumentos e por aí vai. Mas não precisa ser um grande gênio para falar de vestibulares e educação nacional. Na real, até um belo leigo tem idéia de a que pé anda a educação e assuntos relacionados no país. Isso é senso comum. O problema está em quem não quer aceitar que não é tão bom assim. O pessoal que passa no bom e velho (bem velho) vestibular, depois de sofrer uma chuva de queridismo dos amigos que dizem que ele é realmente inteligente e merecia aquilo. Isso é um adicional para que o cidadão suba no topo do mundo e diga "eu posso!". Desmerecer o seu feito, jogando tristes fatos sobre o precário modelo de prova, é briga na certa. A grande maioria foi induzida a se sentir superior e pretende ficar com o ego intocável. Somos seres humanos e vivemos num planeta em comum, portanto, devemos comparar nossa "superioridade" com os outros, num todo. É claro que numa comparação nacional, passar nesse vestibular decoreba é um belo feito. Mas queremos ficar presos a isso?! A sermos melhor que o traficante do morro e que o bandido do semáforo enquanto não fazemos nada para que essa situação deixe de existir?! Não queremos evoluir para sermos tão bom quanto os japoneses ou os finlandeses?! Sinto muito, não sou assim. E se é difícil entender meus argumentos, se é mais fácil dizer que estou com inveja disso que chamam de mérito, discutam com o ministro da educação, Fernando Haddad que, dois dias após meu post sobre vestibulares antiquados, declarou que irá propor um novo modelo aos mesmos, citando ainda, colocações familiares a quem leu meu post. A matéria completa DEVE ser lida! E está aqui:



O ministro explorou um ponto pelo qual passei longe. Tendo em vista que o ensino médio é voltado ao vestibular, sempre pensei na reestruturação do sistema para aperfeiçoar a prova-filtro, entretanto, o ministro pensa em mudar o vestibular para que o ensino médio melhore e que algumas escolas boas voltem a ser boas e não uma simples instituição que enfia informação na cabeça dos adolescentes para que eles passem na prova.
Ser ministro da educação no contexto brasileiro não deve ser fácil. Ter boas idéias e ainda se preocupar com quais condições irá aplicá-las, é um trabalhão mental. Confesso que tirei o chapéu para essa iniciativa que não é a minha utopia, entretanto, é, indubitavelmente, o ideal visando o contexto.

Eu espero que, num futuro não muito distante, o Brasil possa ter jovens que pensem, ao invés de decorar. Apesar de que, com isso, perderia toda a graça de cutucar o ego dos encabrestados metidos-a-besta.

terça-feira, 10 de março de 2009

Ensino Superior é ser superior.

Esse começo de ano é só folia. Todo mundo sabe que o Brasil só começa a funcionar depois do Carnaval (e olhe lá!). Longas ressacas do reveillon, preparações e as festas de Carnaval e, por último mas não menos importante, a volta às aulas (para quem estuda, claro). Todos os anos, milhares de jovens passam pelo sufoco do vestibular, atenuados pela grande maioria que vê a prova como um monstro e faz questão de difundir o mito. Se dividem entre os que enlouquecem de tanto estudar e os que não têm muita paciência para ler livros didáticos. Me encaixo na segunda opção.
Começou 2008 e eu disse a mim mesmo que me dedicaria aos estudos mas foi pura ladainha. Quando ainda estava na empolgação de devorar livros, no primeiro semestre, fui sufocado pelas baboseiras desconexas de meu antigo colégio Sesi, como a criação de uma padaria. Assim que tive a oportunidade ideal, com corpo docente qualificado e sem padarias, era tarde... Mas talvez não fosse tarde demais, o que é difícil julgar já que fui preguiçoso mesmo.
Dos dez livros da lista da UEL, li apenas um que, fatidicamente, não apareceu em nenhuma questão da segunda fase. Esse foi, definitivamente, meu tropeço. Errei quase todas as questões de literatura pois não sabia nem do que se tratavam os livros e as perguntas eram completamente estranhas para mim. Isso tudo aliado a um cara ruim de chute, dá nisso. É bom frisar que eu discordo que os pontos de língua estrangeira sejam vergonhosamente inferiores aos de literatura nacional/portuguesa. Não enxergo um ambiente onde saber quem foi Machado de Assis seja mais valioso que uma comunicação fluente em inglês. Enfim, isso tudo faz parte da velha besteira de achar que o Brasil tem alguma cultura da qual se orgulhar. Até a literatura (e diria, PRINCIPALMENTE a literatura) é cópia descarada e mal-feita da literatura estrangeira. Assim como quase todo o resto que temos para nos orgulhar, inclusive a farsa do sentimento patriótico que, só vem à tona, convenientemente nos anos de Copa do Mundo.


A minha enorme paixão pelo ensino e como ele é ensinado (englobando todas as minhas curiosidades pela neuro-ciência e desenvolvimento humano ligado a índices de educação) não me deixa quieto sabendo que o modelo de nossos vestibulares não passa de uma maquiagem para uma forma de ensino já ultrapassada há mais de cem anos pelos europeus (e olha que eu nem vou falar do Enem). Um modelo que só valoriza um tipo de aluno: aquele que tem boa memória. Devore livros, leia-os todos e tenha uma boa capacidade de armazenamento mental e não terá erro na grande maioria dos vestibulares do país. Há anos eu percebi que o raciocínio é muito mais valioso que o simples saber e, há não tanto tempo, eu descobri que isso é óbvio e já descobriram isso antes de mim (der!).
Sabido que os reitores e mestres do ensino têm ciência de tal fato, justifico o que quis dizer com "maquiagem". Como implementariam um modelo de vestibular onde o valor fosse dado àqueles que realmente pensam, valorizando o esquenta-cuca; o raciocínio, se o sistema básico de ensino é um esgoto a céu aberto?! Desde nossa infância, nos enfiam coisas para estudar e decorar e decoramos para as provas e vamos arrastando assim até o vestibular que, tcha-ram, fazemos a mesma decoreba novamente. Não preciso alongar muito a discussão pois, quem raciocina, já sabe o final dessa linha de pensamento: a falta de investimento na área de educação. Certamente, não seria barato mudar o conveniente (e preguiçoso) sistema de educação massificado baseado no decoreba para um que exigisse que o aluno fosse além do cópia-e-cola e estivesse preparado para questões-desafio de raciocínio e lógica. E ainda saem índices "espantosos" de como os brasileiros têm pouquíssimo interesse pelas áreas exatas. Simples, né?! A molecada corre de tudo que exige um pouquinho da força do intelecto e cai dentro do que precisa simplesmente memorizar.

Diante disso, percebemos o quanto o ser humano é podre. Se você é podre, tem que achar alguém mais podre para poder se sentir melhor, e é assim que funciona. Já não aguento mais a apodridão de orgulho de n calouros da UEL que estão no topo-das-tamancas simplesmente porque foram selecionados no já discutido modelo tosco de seleção. Os podres das faculdades federais pisam no orgulho dos podres de universidades estaduais que, por sua vez, precisam provar que não são os piores de todos, chacoteando os estudantes de universidades particulares. Passar em um vestibular de conceito alto só prova uma coisa: tens boa memória. Esse pessoal precisa ler mais, estudar mais, pensar mais e decorar menos. A maioria passou no vestibular e já se acham grandes o suficiente para estacionar os assuntos intelectuais que não têm relação com a faculdade. Triste.

É... esse começo de ano é assim mesmo. Gente se orgulhando por pouca merda, congratulações esbanjadas por tradição e não por mérito, moleques de cabeças raspadas com tinta na testa, meninas esfregando as bucetas nos veteranos em cervejadas e por aí vai. Pois é, Lula, parece que a crise realmente não mudou muito o cenário nacional.



Observação aos comuns leitores de raciocínio desavantajado: A última frase do post, assim como o título do post e algumas frases dentro do blog, são ironias ou piadinhas bem mal-feitas que não devem ser levadas ao pé da letra.