terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Kinka

Eu achava que era o terceiro mas era o DÉCIMO QUARTO ano desse evento. Será que eles não passaram por nenhum tipo de evolução, ou talvez tenham regredido porque o Grupo Sansey foi tomado por moleques?!

A idéia inicial do Grupo Sansey (ou o que tentam nos fazer acreditar) se baseava em difundir os elementos da cultura japonesa entre os cidadãos de Londrina, em suma, os jovens. Muito legal! No começo, era um bando de japoneses velhos e poucos jovens tentando levar esse projeto à frente, vinte anos atrás. Sucesso ele faz, mas existem pontos irritantes que não podem deixar de ser observados, por exemplo, o que antes era, notoriamente, pra ser uma fusão entre os elementos nipônicos e brasileiros, se perdeu. Sim, e deve-se ao fato de que existem tantos japoneses nessa cidade, que a grande maioria deles só se relaciona com outros japoneses! Quando digo japoneses, me refiro aos descedentes, basta ter olho puxado para fazer parte da máfia social japonesa de Londrina. Onde foi parar toda aquela coisa de mistura?! Eu ando em grupos onde, geralmente, sou o único não-descendente, mas isso é porque a estatística deve ser de um não-descendente para cada vinte descendentes por aqui. O que eu desprezo é a maneira como os brasileiros, apenas por terem uma descendência (mesmo que longínqua) japonesa, fecham seu meio social só com outros malucos desse tipo. Espantoso é ver a frequência com a qual os japas só mantem com japas, as relações mais próximas de amizade e afeto amoroso. Isso sim é a mais decepcionate forma de racismo. E um racismo que o pessoal abaixa a cabeça e acha que tá tudo bem. Sou racista por chamar um preto de preto, mas não sou racista se só me relaciono socialmente com não-descendentes por educação?! Mais odioso é ver o bando de otakus que têm sua árvore genealógica a milhões de quilômetros do leste asiático e que, além de abaixar a cabeça a esse racismo, ainda adere. Porra! O pessoal tá negando a própria essência! Menininha-otaku que só fica com japonês?! Vá pra puta que te pariu! A maioria delas vem com o argumento pronto de que gosta da cultura e lalala. Gosta o caralho! Gosta mesmo é dessa modinha que virou o Japão no Brasil. E as culturas das outras centenas de povos espalhados pelo globo?! São desprezíveis os japoneses racistas que só se aproximam de outros japoneses, mas são muito mais nojentos aqueles que sequer tem marquinha do Japão e fazem a mesma merda! É repugnante alguém que menospreza a própria natureza para aderir à outra, e alimentar esse racismo veemente.

Sou do tipo que apóia toda manisfestação cultural (desde que tenha alguma coisa de cultura de verdade). Acharia foda eventos como esse, mas eles não passam de baboseira disfarçada de cultura. A falta de incentivo para que melhorem esses eventos é culpa exclusiva do público sem o menor raciocínio crítico. Um puta país com uma puta cultura está putamente mal-aproveitado aqui, onde tem japonês brotando do solo.
Ja disse em outro post, e vou reclamar disso de novo: CHEGA DE TAIKO! Ta ok, faz parte da cultura e blablabla. Mas só isso?! Até uma samambaia consegue tocar taiko, e eles se aproveitam desse fato para enfiarem duzentos zé-ninguém tocando esse instrumento de percussão e jogarem um playback de frame rate duvidoso com instrumentos que necessitam de mais neurônios para serem tocados, como os eruditas culturais japoneses, shukuhashi, shamisen e koto. Até hoje não vi NENHUM maldito que toque um instrumento tecnicamente difícil nesse Sansey. No Kinka, teve uma apresentação com dança e taiko, onde colocaram tocadores de taiko (taikokas?!) em cima e embaixo do palco. Resultado: um som extraordinário e esplendoroso. Entretanto, para acompanhar a frequência sonora emitida pela grande quantidade de bumbos, aumentaram em equivalência o playback que rangia um violino. Som digital de um ou dois violinos (instumento de cordas friccionadas, com timbre naturalmente agudo) contra o som real de uns vinte taikos (percussão, isso basta). Ah! Era ensurdecedor! Onde será que está o problema desse pessoal? Faltaram as aulas de física, de música ou de bom-senso?!


Fiquei misteriosamente pensando durante o evento: tem alguém que sabe REALMENTE no que se baseia a música dentro do Sansey? É fato que ninguém exige nada de ninguém lá dentro. Distribuo balas de hortelã para toda a comunidade japonesa se algum dos moleques que se apresentaram fez um ano sequer de aula de canto. A berreira dos japas boy-band era incrivelmente amarga. Não conseguiam equilibrar a respiração com a voz, por estarem se mexendo muito. Claro! Se a pessoa não aprendeu o mínimo da técnica de respiração numa aula de canto, NÃO VAI CANTAR BEM, muito menos em movimento. Não canso de dizer que a voz é o instrumento mais difícil de se dominar. A maioria das pessoas se enganam achando que basta saber falar para se saber cantar. Alia-se ao queridismo que devem passar esse monte de japoneses ao receberem inúmeros elogios falsos de gente idiota que acha que está fazendo bem ao dizer que aqueles infelizes cantam alguma merda. Certeza que se enchem de um orgulho sem mérito porque o que não vai faltar é gente pra dizer que cantam bem e puxar o saco dos japinhas bonitinhos. Parem de ser idiotas, todos vocês! O que é ruim, tem que ser bom! Se não quiserem melhorar, pelo menos aceitem que está ruim e não continuem com essa merda toda. O problema-mor é que está tudo uma merda e ninguém tem a coragem de dizer, fica esse chove-e-não-molha onde a pagação de pau, cria uma geração de medíocres que se convencem que são bons.

Talvez isso tudo gire em torno da observação que minha amiga fez enquanto comíamos: "se não forem eles, quem é que vai fazer?" Bom, eu desacredito que gire em torno disso, mas entendo que diminuiria radicalmente o número de pessoas no Sansey, caso aquilo fosse uma coisa séria. Botem um músico para ensinar técnica vocal para essa molecada, e um músico rígido! Chega de achar que ta tudo bem, invistam! Achem um indivíduo que entenda de coreografia; um sonoplasta; um erudita japonês! Aí sim, mais da metade dos zé-ninguém que só sabem bater no tambor e berrar ondas sonoras disformes, sairão de lá e darão espaço àqueles que querem alavancar a coisa, que querem um nível para aquilo. Quantidade não é qualidade!

Não é mais válido o argumento de que eu só reclamo. Até mesmo o apresentador do Kinka disse esse ano: "Não precisa saber cantar para entrar no Sansey". Jogam porcaria na minha cara, deixam isso claro e eu olho para o lado e vejo que tem gente se derretendo com toda essa mediocridade. Deplorável.
Enquanto continuarmos engolindo a merda que jogam nas nossas gargantas, será merda que continuarão a jogar.

16 comentários:

Anônimo disse...

Tá, em muita coisa eu concordo ali :P até porque apesar de ter muito amigo japa (que eu considero muito), é bem verdade que existe uma puta discriminação.
Eu treino taiko no Sansey, loki e eu ADORO. A gente não chega lá "batendo no tambor" como tu pensa (nem de qualquer jeito). O taiko, acredite ou não, tem toda uma técnica, mas não é treinando 1 ano e meio que nós vamos conseguir tocar como profissionais. Eu não toquei no Kinka porque não treinei o suficiente ao longo do ano pra isso (SIM, eles pensam nisso lá no taiko). Foram escolhidos os 4 melhores da minha turma e os 4 melhores da turma acima da minha pra tocar na parte do violino, que aliás, era Vanessa Mae (não sei se tu conhece, wikipedia se não conhecer). Claro que eu tenho algumas críticas negativas quanto ao Kinka também, mas isso eu só posso falar em particular =p. Mas anyway, seu ponto de vista é seu ponto de vista.. só estou mostrando o que eu, que sou lá de dentr vejo. :* ps: quero jogar ouendan 2 essa semana, bora? huahuau

Lika disse...

hmm.. certo, teve bastante coisa que eu também concordo.
colocaram muitos taikos, sim. e esse ano, em especial, deram bastante ênfase no yosakoi. isso pareceu meio apelativo, porque todo mundo acha aquilo legal, mas pf... faz sucesso.
tem que se considerar que o kinka é a apresentação de final de ano de uma galera que não sabe tudo, o sansey é tipo é uma escola.
conheço uma boa galera lá que cresceu muito desde que entrou.
lógico, os que entraram esse ano foram bem mal, sim, e faltou preparação, é um erro pôr gente assim, mas não tem mais quem pôr..
as vezes dá a impressão de que o sansey tem tão pouca gente cantando, que eles pegam a galera do taiko/yosakoi e pedem pra cantar.
o kinka não é um evento lááa grande. tanto, que não tem divulgação. é uma apresentação de fim de ano, tem um fundo mais familiar. pode ter tido outras intenções, inicialmente, mas acabou se tornando isso, um evento pros pais verem seus filhos, tirarem fotos, etc.
não to defendendo, eu vou no kinka desde os meus oito, nove anos e esse ano pra mim foi o pior. existem pessoas que se acham por estarem lá com a arrogância do tamanho do mundo e isso também me irrita, mas isso diz respeito as pessoas que fedem por lá, o evento é coisa meio que simples, não chega a ter tanto enfoque quanto um londrina matsuri. deveria ter sido melhor planejado, mas sei lá.
só que sim, gostei do seu post, e a parte do preconceito com japoneses tá beeeem certa, concerteza ._."

;*

Löki disse...

Gente, deixando claro que não tenho nada contra o Sansey. To apenas colocando os pontos ruins da coisa, e acho que ta cheio deles por causa de uma galerinha relaxada, mas conheço gente lá dentro que leva a sério a bagaça, e eles merecem respeito :)

Midori disse...

Olá,

Então, não sei como foi o Kinka, não fui. Não sou paga pau do grupo Sansei, apesar de minha irmã fazer parte, porém, eu não gosto da administração e organização de eventos como eles fazem com o kinka, pode ser que eles fizeram uma boa organização pro imin e este ano pro matsuri Londrina, mas acho q falta muito pra eles fazerem coisas descentes... Mas não vim aqui pra tecer criticas para o grupo Sansey, mesmo porque eu não vou fazer nada para melhora-lo...

Quanto ao que você falou sobre japoneses e racismo: SIM ELES SÃO EXTREMAMENTE RACISTA, posso falar porque sou descendente (por sinal primeira geração nascida no Brasil), porém eles não mostram isso. Quando se é criança os pais levam para clubes (ACEL, SANSEY, ou outros) que possam se relacionar com a cultura e assim tentar manter fechada o ciclo de relacionamento (todos eles) apenas com quem são descendetes.

Porém, a culpa não são só dos pais. As outras pessoas que não são da descendencia criam uma especie de mito sobre ela e acabam se afastando deles. Não digo que todas as pessoas, mas grande parte dela fica "pagando pau" para os "japoneses" e assim os colocam num pedestal falando que eles são inteligentes, que são bons em tudo e bla bla bla, isso ocorre desde criança até os mais velhos, e cria uma certa barreira entre as outras etinias e a japonesa, e consecutivamente (por causa do orgulho natural que os japoneses têm) entre os japoneses e as outras culturas.

Todavia, isso não é notado e tenho certeza que muitos discordam desse ponto devista, mas posso falar que é assim sim. Gosto da cultura dos meus avôs, procuro manter isso, mas não me fechei e nem quero fechar meu campo de amizade. E por ter visto e vivido os dois lados.

Anônimo disse...

- nossa, esse povo comentou muito u3u
até tenho vergonha porque não tenho nada pra falar 8D
então só vou falar que eu ri de umas partes ali XD
AISHISHHASIASSAIHSAIAHSIOHASOIAOSq

Concordo com a parte do preconceito T_T
o que me irrita é que muita gente entra no sansey pra se auto-promover (?) no mundo oriental. Não sabem nem porque estão ali, a não ser pra ficarem popzinhos, e... ecca, isso é realmente patético.

Chico disse...

(melhores momentos: "putamente" e "ondas sonoras disformes")

É, eu não vou comentar muito o preconceito, mas achei importante essa coisa que a midori lembrou: o problema é de duas mãos. Tem os orientais - os japoneses. - que se isolam, mas tem os ocidentais (é difícil falar em brasileiros) que acabam mistificando um pouco também. Ainda assim, acho que esse pensamento de "a corônia, a corônia" só existe por causa de haver mesmo um preconceito.
Por isso que parabéns aos japas que não pensam assim, e acima de tudo, não passam isso adiante. Quebram o círculo.

Já do Kinka... eu repito o que disse lá. Tinha uns ali que, como cantores, eram ótimos dançarinos. Não julgo muito como é ou fica a apresentação, porque também acho que é aquela coisa de apresentação-de-fim-de-ano-de-escolinha. Isso significa que a platéia não está ali esperando artistas ou qualidade muito alta. É mais ir assistir pra incentivar, mostrar "ó, acho legal que você cante".

O que eu achei desnecessário foi o matsuri dance no final. Tinha gente, antes do evento, perguntando se ia ter, e as respostas foram claras ao dizer que não. Ia ser "todo mundo sentadinho, bonitinho". De fato, até porque não tem onde aquele mundaréu de japonês dançar. Aí chega o final, tocam uma música, um povo surge do nada e ocupa os corredores... ótimo momento para conversar, só se for. Muita gente gosta de matsuri, mas tem hora pra tudo.

Eu escrevo demais. =D

Anônimo disse...

EU CONCORDO COM VC!!!

ATÉ UMA SAMAMBAIA CONSEGUE TOCAR TAIKO!!!

QUALQUER SER COM 2 NEURÔNIOS CONSEGUE!!!

mas..

Só é um tantinho irônico...
Só é um tantinho sarcástico...
Só é um tantinho disforme...

... que você não consiga...

AUSAUHSAUHSUAHSUAHSAUHSAUHU
AUHSAUHSAUHSAUHSAUHSAUHSAUHS

Consegue???

Te desafio a tocar Taiko...

Te desafio a provar que é no mínimo mais inteligente que uma samambaia e que tenha no mínimo dois neurônios...

Aceita meu desafio? Ou vai arriar?

DÚVIDO que toque melhor que uma criança de 9 anos.

HAHAHAHAHAHA

Conheci muita gente que nem você que acha que é fácil "meter a tora no tambor"... Mas na hora do "vamo vê" passa vergonha.

E é, de fato, dessa forma vergonhosa que te enxergo.

ppfff...

"Parece fácil, mas é difícil
Um belo dia...
Um belo dia aprenderá
..."

p.s. Meu perdão. Não queria ofender as samambaias.

Löki disse...

Lucas, não sei quem é você. Se quer parecer inteligente, identifique-se como homem.

Löki disse...

Ah, amigo. Não gosto de contar méritos mas tenho nove anos de música erudita. Sou uma pessoa simples, digo o que é fácil e o que é difícil. Gaita harmônica é fácil, gaita de fole é difícil. Taiko é fácil, bateria é difícil.

Anônimo disse...

hahaha...

Fui conhecido como KutZ a maior parte da minha vida...

Nada a esconder, rapaz.

Ou pode me chamar de sempai, se vc aceita meu desafio.
E estiver afim de ir num treino meu, enquanto estiver em Londrina (Só estarei em little London nessa semana de carnaval e em alguns finais de semana esporádicos).

Vai descobrir que taiko é bem mais difícil do que o senhor erudito acredita.

hahaha...

aceita?

ou vai arriar?

Bater um pau num tambor é fácil, tocar taiko é difícil.

Anônimo disse...

9 anos de música erudita não vão te ajudar nada.

Obrigado por cometer seu primeiro erro, jovem padawan.

Anônimo disse...

Aff...

pensando melhor agora...

Vc vai arriar de qualquer jeito.

melhor nem esperar uma resposta positiva.

Se eu passar disso,
só darei mais notoriedade pra esse blogzinho mal escrito e mal lido.
além de perder um tempo onde poderia fazer coisas mais construtivas.

TE vejo por aí

Löki disse...

Meu amigo, teu instrumento é fácil, aceite. Deve ser complicado pra você que me parece ter sido um tocador de punheta experiente. Cresça, amigo. Olha essa sua declaração: "conhecido como sempai"! Auhaeouhea, puta que pariu! Será que você se acha o bom?! Imagina... Talvez queira ser conhecido como "sama", o que acha?! Onde vai ser seu treino? Poderia ser mais específico. Infelizmente, posso ter infortúnios de tempo, já que, diferente do que você aparenta, tenho ocupações, trabalho durante a tarde e faço faculdade à noite... Nas horas de lazer, toco piano ou teclado, ou simplesmente jogo videogame ou saio com minha garota. Foi mal, cara. Mas é foda ter vida social produtiva, os dias parecem curtos e não sobra tempo para bater no tambor como eu devia fazer quando tinha lá meus 12 anos ):

Löki disse...

Ah.. aconselho-te a parar de forçar teu raciocínio (claramente falho) a fim de me ofender pois não está conseguindo. Sua tentativa de ofender minha escrita em "blogzinho mal escrito e mal lido" foi em vão. Afinal, com tantos erros de concordância e gramática, o mal-escritor é você. Tenho um blog porque escrever, assim como compor, tocar, ler e jogar são passatempos para mim. Não sou um profissional mas meu blog é um bom treino para um hobby que aprecio. Se eu levasse a sério, faria faculdade de jornalismo e não de ciência da computação. Programar é meu trabalho, escrever é uma diversão. Pouco menos divertido do que ler comentários infantis e covardes como o seu.

Löki disse...

Meu email é brunoheat@yahoo.com.br. Caso queria continuar essa discussão, podemos marcar um horário. Abraço.

kuwabara disse...

desenterrando


achava q era soh eu q pensava q o Kinka era mto podre, apesar de me divertir la.
Costumava dizer q o repertorio era o mesmo do videoke, e geralmente as mesmas todo ano.
Fora algumas apresentaçoes dos mais alunos mais novos, q se eu fosse o artista de tal musica me sentiria ofendido em ver uma performance tao mediocre.


no mais concordo q bateria>>>>>taiko em complexidade, nao aceitar isso eh no minimo falta de noçao