Depois de uma madrugada em claro, gastando muito mais tempo que reservo para coisas não-vestibulares numa maquete de isopor e papel-cartão, o resultado. Talvez eu deva começar antes disso... Então, vamos lá.
Há algumas semanas atrás, no colégio, nos foi entregue o tema do trabalho final do bimestre. Trabalho final que vale 20 pontos em cada matéria e tem relação com os conteúdos trabalhados no bimestre (ou não). De início, uma surpresa, afinal, como montar uma padaria do futuro com plano de negócios e elaboração de uma maquete, coisa que não fazia desde a 4ª série? O susto se transformou em empolgação depois que tive a idéia de montar uma panificadora temática oriental e as coisas até que não pareciam tão difíceis assim. Logo no primeiro dia, já fiz uns rabiscos sobre como seria a padaria, não demorou muito para que eu elaborasse uma maquete 3D no computador, no entanto, trabalhos escolares iam se acumulando, assim como meus estudos para o vestibular e para as provas se tornavam freqüentes. Além de tudo, reunir a equipe era quase impossível com quase todos os membros trabalhando.
O tempo passou e quando me dei conta, faltavam duas semanas para a entrega do trabalho. Adiantei as coisas no computador, deixando as medidas da maquete de lado. Achei que seria fácil, mas não foi. Arquitetos têm um trabalhão e medir cada coisinha é um passatempo tedioso e demorado. A maquete virtual estava perfeita, expressava quase que com prefeição a idéia que quis passar de meu modelo de padaria, logo, uma maquete física seria irrelevante. Irrelevante, mas era necessária. Ontem, ficamos o dia todo medindo, cortando e colando coisas e o resultado não foi dos melhores porque maquete não é nosso forte. Nosso forte são as idéias e, sem dúvida, nossa idéia era a única viável para ser aplicada no mundo real. Hoje em dia, depois de tantas coisas já inventadas, uma idéia nova vale muito. Mas de 20 pontos, nossa idéia valeu 12. A primeira justificativa foi a de que a maquete em isopor estava "porca". Besteira! Estava ruim mas tínhamos um modelo virtual perfeito! A segunda justificativa era a de que não entregamos o trabalho escrito. Como é praxe, não costumo deixar as coisas pela metade e sequer entreguei o plano de negócios pois estava incompleto. Incompleto porém muito mais completo do que todos os que foram apresentados ainda hoje, mas, ainda sim, incompletos para um plano de negócios real. Meu irmão formado, estudantes de administração e pessoas que já tiveram contato com plano de negócios, acharam absurdo a idéia de pedir tal coisa para um terceiro ano. Um terceiro ano sem base alguma do funcionamento de empresas; um terceiro ano que precisa estudar para as provas do próprio colégio; um terceiro ano que precisa se voltar para o vestibular.
Meus estudos caíram em vão e minha nota foi baixa injustamente. Ainda acho que o que vale mais é a idéia. Pareceu que se eu fizesse uma pirâmide de ponta-cabeça com uma padaria dentro e profissionalmente construída, provavelmente, teria nota mais alta, mesmo que isso seja absurdo num plano real. Mas ainda há a hipótese de que minha equipe seja "marcada" pelo colégio.
Sabendo que eu ficaria estressado, levei umas garrafas de Heineken na bolsa para me acalmar depois, mas elas só me deram mais problemas e deve-se imaginar o porquê depois de se saber que descobriram as garrafas em minha bolsa. A equipe foi para a direção.
Mesmo tendo todas as respostas ásperas e precisas na ponta da língua, orgulhei-me de minha atitude sábia: me calei quando precisei ouvir sermão padronizado. Sim, atitude sábia porque argumentar não resolve, só prolonga o assunto a extende a padronização de bronca massante. Após toda a baboseira clichê, as comparações estúpidas com elementos que levam drogas no colégio e a tortura de saber que estão construindo uma imagem borrada de mim (se bem que não me importo com a opinião deles), fiquei a sós com a diretora para ouvir a uma grande merda. Ressalto que foi muito difícil ter que não me defender de uma clara insinuação de que sou má-companhia e do julgamento que me colocava como um adolescente idiota qualquer (talvez do tipo que estejam acostumados a lidar) que começou a beber agora, não sabe se controlar e ainda leva os colegas junto. Veja bem, voltei a beber há muito pouco tempo e por motivos que não interessam a ninguém, mas voltei porque cerveja, em especial, me acalma.
Me subestimam.
Bem, a grande merda foi que algum FILHO DE BISCATE foi relinchar contra mim, pseudo-argumentando que eu não deveria usar minha bandana na cabeça, uma vez que o mesmo não podia usar boné. BURRICE! PREGUIÇA! Minha bandana serve para prender meu cabelo e impedir que ele voe na minha cara com o vento do maldito ventilador (aquele que mais atrapalha que ajuda) enquanto bonés não servem para nada e são proibidos pelas normas internas. Não uso bandana porque fica legal ou por qualquer outro motivo estético porque eu não me importo quase nada com essa bobagem estética, principalmente dentro do colégio, tanto é que acho que sou o único que não reclama do uniforme pois sou indiferente à sua feiura. Voltando ao assunto, alguma panelinha ou algum chupador-de-pintos foi muito homem para se derreter para a diretora, ao invés de resolver seus incômodos com a fonte que sou eu.
É curioso como a capacidade de me encarar e tentar resolver os problemas como uma pessoa racional é nula. O eqüino balbuciou algumas palavras fétidas e, incrivelmente (ou não), teve persuasão sobre uma administração supostamente séria.
Não irei parar de usar bandana e se o incomodado se sentir cutucado, encare a mim, e não a defensora das falsas vítimas.
Desorganização fede.
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6 comentários:
seu projeto está bem bonito, Löki
o/~
duro é tentar conciliar tudo, mesmo.
E.. era de se esperar que falassem bosta, não é a coisa mais sábia levar cerva pro colégio, por maior o bem que isso te faça, mas enfim.
Já tem gente de marcação contigo no colégio, fazer o que, né u_u"
Realmente é ridículo quererem te proibir só porque um bichinha foi lá reclamar ?
Francamente, não esperava isso....
Depois esse é o colégio diferente, que levara os alunos a um patamar mais elvado, comparado aos outros colégios de londrina, tanto intelectualmente quanto profissionalmente.
Um dia eu acreditei nisso.
;D
opa, esqueci de falar uma coisa..
apesar de todas as coisas erradas, eu, particularmente, não gostei da sua idéia de levar cerveja no colégio.
Quando tem povo de marcação com você é assim mesmo, um deslize e já era.
O jeito é botar o anti-derrapante no pé.
- acho que você exagerou ao pensar que eles estavam errados em daar bronca pela cerveja XDD
hIAEIHAEHIHEIOHIAOEIOAEOIEAq
acho que devia ter tatami na padaria(?)
ah, pelo menos o chão seria mais quentinho (=
AEKOAPEJPAEOJAEPOJOEJJAEPOJOPAJEOJAOPq
beijo ;@
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